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Projeto de Reuso de Água Transforma Quintais em Áreas Produtivas no Agreste Alagoano

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No agreste alagoano, uma inovação está transformando a vida de diversas famílias de agricultores. Graças a um projeto focado no reuso de águas cinzas, originadas de atividades domésticas, está sendo possível criar quintais produtivos em regiões onde a água é escassa. Essa iniciativa pioneira, desenvolvida pela Associação dos Agricultores Alternativos (AAGRA), conta com o apoio financeiro de um banco regional, através de um fundo destinado ao desenvolvimento econômico, científico e tecnológico.

A ferramenta implementada é conhecida como Bioágua Familiar e tem mostrado resultados promissores em municípios como Igaci, Estrela de Alagoas e Palmeira dos Índios. Por meio desse sistema, cada propriedade é capaz de reaproveitar cerca de 300 litros de água diariamente, contribuindo para a irrigação de quintais agroflorestais. O projeto foi selecionado em um edital de 2023, que ofereceu recursos para sua execução.

O coordenador do projeto, Fabiano Leite, um engenheiro agrônomo, destaca que as ações vão além de mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Elas também buscam atender à demanda alimentar local, inserindo o saneamento rural como uma prioridade emergente. A tecnologia, além de acessível, pretende tornar-se um modelo para políticas públicas, tanto estaduais quanto territoriais.

A alocação dos recursos permite a implementação de tecnologias sustentáveis nos sistemas de Bioágua Familiar nas áreas beneficiadas. O gerente do projeto enfatiza a importância do investimento não apenas para a melhoria da qualidade de vida dos agricultores, mas também para a possível expansão do projeto a outras localidades. A ideia é que o modelo possa servir de inspiração e referência para futuros desenvolvimentos na área rural.

O sistema Bioágua Familiar é simples e eficiente. A água proveniente de pias, chuveiros e lavanderias é tratada através de um filtro biológico e armazenada em um reservatório. A solução é depois utilizada em um sistema de irrigação fechado que alimenta um quintal agroflorestal. Com áreas médias de 200 a 300 m² por família, esse sistema não só promove a sustentabilidade, mas também impulsiona a agroecologia.

Além da implementação técnica, o projeto inclui iniciativas de formação e organização social. Tais esforços visam conscientizar os agricultores sobre saneamento rural, prevenção de doenças relacionadas à água e o uso das águas cinzas na agricultura. A educação continuada pretende fortalecer a cooperação comunitária e a gestão eficiente da tecnologia, garantindo sua operação e sucesso a longo prazo.

Com uma visão de integração comunitária e valorização do conhecimento local, espera-se que esse projeto contribua significativamente para a autonomia e desenvolvimento dos agricultores familiares no agreste alagoano.

Com informações do Banco do Nordeste – BNB
Fotos: BNB

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