A Área de Preservação Ambiental (APA) Catolé e Fernão Velho se destaca como uma das dez unidades de conservação administradas pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA). Com um conceito de uso sustentável, essa área permite que as populações locais realizem suas atividades econômicas e sociais, porém de maneira controlada, assegurando a proteção de um manancial que abastece aproximadamente 14% da capital alagoana, Maceió.
Situada em uma região que abrange os municípios de Coqueiro Seco, Maceió, Rio Largo, Santa Luzia do Norte e Satuba, a APA foi criada em 1992 e abrange uma extensão de 3.817 hectares. Ela abriga um dos últimos e mais significativos remanescentes da Mata Atlântica no estado, uma vegetação nativa de grande importância para a conservação ambiental.
A rica biodiversidade local inclui a Mata do Catolé, que desempenha um papel crucial na infiltração das águas da chuva, na recarga dos aquíferos e na qualidade da água do reservatório Catolé-Cardoso, que atua em consonância com a unidade de conservação. A presença de flora e fauna raras é um grande atrativo da APA, incluindo espécies ameaçadas como o ouriço-cacheiro (Coendou speratus), felinos, preguiças, tamanduás e a rã Chiasmocleis alagoanus, além de ser uma importante rota para aves migratórias.
Entretanto, a natureza sustentável da APA enfrenta desafios significativos devido à pressão provocada pela urbanização. Projetos de construção e práticas de desmatamento ameaçam a integridade desse patrimônio ambiental, que é considerado essencial e insubstituível.
O gestor da APA, Johnson Sarmento, ressaltou a importância da preservação dessa área, afirmando que a proteção do Catolé e Fernão Velho é vital para assegurar não apenas a qualidade da água, mas também a conservação da biodiversidade da região e um futuro sustentável para a população local. Assim, a APA emerge como um espaço essencial, onde se entrelaçam elementos de conservação ambiental, abastecimento hídrico e desenvolvimento social.
Com informações e fotos da Semarh/AL