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Alerta da Fiocruz sobre o retorno da Covid precisa ser levado a sério | José Osmando

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Novos dados do Boletim InfoGripe da Fiocruz divulgados ontem, trazem um alerta preocupante, que precisa ser levado muito a sério por autoridades governamentais, pela mídia, atores da saúde, educadores e famílias em geral. O motivo é a informação, levantada com base na realidade hospitalar, de que a principal causa de hospitalização de idosos, nas últimas semanas, é decorrência da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em dois das revelantes Estados  do país, Rio de Janeiro e Amazonas.

A análise da Fundação Oswaldo Cruz – importante instituição nacional dedicada à pesquisa científica em saúde pública e que foi uma das principais referências nos tempos lamentáveis da Covid-19-, adverte que já existe o crescimento das notificações de SRAG por Covid-19 em duas regiões do Brasil, o Centro-Sul e o Nordeste.

Na região Centro-Sul registra-se o crescimento da Síndrome, por Covid, no Distrito Federal, Mato Grosso, São Paulo, Paraná e MInas Gerais. No Nordeste, o problema já é observado com preocupação no Piauí e na Paraíba.

A Fiocruz observa que o número de casos por Covid-19 ainda segue em níveis relativamente baixos nesses Estados citados, mas chama a atenção para  que haja uma atuação eficiente e rápida, sobretudo com a aplicação de vacina, para se evitar que a moléstia possa se alastrar e retornar aos níveis intoleráveis de 2020/2021, quando mais de 700 mil brasileiros perderam a vida, em razão da forte incidência da doença, mas especialmente em função da inércia, da falta de atitude e do descompromisso e irresponsabilidade  de autoridades governamentais da época, que se abraçaram ao negacionismo vacinal e adotaram medicações rigorosamente fora de qualquer indicação científica.

O boletim InfoGripe agora divulgado, uma estratégia do SUS (Sistema Único de Saúde) para monitorar os casos de SRAG no país, refere-se ao período recente de 24 a 30 de agosto, e informa, por exemplo, que no Amazonas a incidência da doença segue aumentando em crianças pequenas de até 4 anos e estão relacionadas a um crescimento das hospitalizações por Vírus Sincicial Respiratório(VSR). No Amapá, Goiás, Distrito Federa e Rio de Janeiro, o crescimento das ocorrências tem maior peso sobre as crianças e os adolescentes e está relacionado ao rinovírus.  No Espírito Santo, o aumento de SRAG ataca sobretudo a população idosa.

Vê-se, portanto, diferentes tipos de manifestações, e mais recente constata-se uma  atividade do Sars-CoV-2 em muitos estados,  tudo servindo de alerta para que a população de risco verifique se a vacinação está atualizada, livrando-se, assim, do reaparecimento mais expressivo da  Covid-19.

Pesquisadores envolvidos com o Boletim da Fiocruz chamam a atenção à real necessidade  de que “Idosos e imunocomprometidos devem receber doses de reforço a cada 6 meses, para garantir a proteção contra o vírus. Já os demais grupos de risco, como pessoas com comorbidades, precisam tomar a dose de reforço uma vez ao ano”

Além disso, com a maior circulação de vírus respiratórios, em especial o rinovírus entre crianças e adolescentes, o sistema de saúde recomenda que, caso esse grupo apresente sintomas de gripe ou resfriado, que permaneça em casa em isolamento e evite frequentar a escola.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 8,1% para influenza A; 1,7% para influenza B, 25,6% para VSR; 47% para rinovírus; e 14% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, os casos positivos no mesmo recorte temporal foram de 23,8% para influenza A,; 2,2% para influenza B; 18,1% para VSR; 27,9% para rinovírus; e 26,7% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

Nove das 27 capitais apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco (últimas duas semanas) com sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a SE 35: Belém (Pará), Brasília (Distrito Federal), Florianópolis (Santa Catarina), Macapá (Amapá), Manaus (Amazonas), Porto Velho (Rondônia), Rio Branco (Acre), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) e Vitória (Espírito Santo).

Em Manaus, Macapá e Rio de Janeiro, o aumento dos casos e SRAG se concentra nas crianças e adolescentes de até 14 anos. Em Vitória, as ocorrências atingem principalmente os idosos a partir de 65 anos. Já em Brasília, Florianópolis, Porto Velho e Rio Branco, o sinal de aumento é caraterístico de uma oscilação.

Por José Osmando

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