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Acordo entre Ministério da Agricultura e Anda visa inovação e sustentabilidade no setor de fertilizantes

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A Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária firmou um importante acordo de cooperação técnica com a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) para alavancar a colaboração e o intercâmbio de conhecimento entre os setores público e privado. A cerimônia de assinatura do acordo ocorreu no último dia 2, durante o 12º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, em São Paulo, com a presença de representantes de organizações agrícolas.

O objetivo central do acordo é aprimorar as condições para que os produtores rurais possam tomar decisões mais informadas em relação aos preços dos fertilizantes. Atualmente, esses preços são definidos em grande parte fora do Brasil, o que dificulta a previsão de flutuações de custo e gera incertezas para os agricultores. Com a assinatura deste acordo, a expectativa é de que haja uma melhoria nas estatísticas setoriais, facilitando o compartilhamento de informações que poderão indicar tendências de preços. Isso permitirá aos produtores negociar de maneira mais eficiente.

Além disso, o acordo foca na inovação relacionada a bioinsumos, na criação de conhecimento estratégico e na mobilização de recursos voltados à sustentabilidade no setor agrícola. Um dos pontos fundamentais é que as demandas prioritárias do setor possam ser discutidas de forma mais clara e que eventuais mudanças em normas regulatórias sejam tratadas através de um processo organizado.

No que diz respeito à sustentabilidade, o acordo implica em investimentos que envolvam não apenas recursos financeiros, mas também iniciativas que promovam práticas de produção sustentável. Um exemplo prático é a comparação da pegada de carbono entre fertilizantes nacionais e importados, onde produtos com menor emissão de carbono são cada vez mais valorizados no mercado.

Durante o congresso, foram apresentadas diferentes projeções sobre o consumo de fertilizantes até 2050, com cenários variando entre conservadores e otimistas. O cenário mais favorável sugere que, até 2035, o consumo pode atingir 61,5 milhões de toneladas por ano.

O setor também enfrenta desafios significativos, como a alta dependência externa, dado que cerca de 85% dos fertilizantes utilizados no Brasil são importados. Além disso, 90% das tecnologias aplicadas foram adquiridas de fora, muitas vezes sem a devida adaptação ao clima tropical. A logística também apresenta desafios, já que a maior parte dos produtos é recebida pelos portos do sul e sudeste do país, enquanto o maior consumo está concentrado na região centro-oeste.

Durante o evento, foi ainda mencionada a iniciativa denominada Caminho Verde Brasil, que visa recuperar vastas áreas de pastagens para a agricultura intensiva, potencializando a demanda por fertilizantes. Francisco Matturro, líder da Rede ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), ressaltou os benefícios da tecnologia que combina agricultura, pecuária e floresta em uma só área, promovendo aumento de produtividade e sustentabilidade.

Por fim, destacou-se a atuação proativa da Secretaria de Política Agrícola para apoiar os produtores, oferecendo financiamentos e endereçando questões regulatórias relevantes para o fortalecimento do setor.

Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária

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