A Esclerose Múltipla, uma condição autoimune e crônica, continua a ser um desafio significativo tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde, dada a sua complexidade e o fato de não contar com cura. A neurologista Samyra Melo, integrante da Secretaria de Estado de Saúde de Alagoas (Sesau), destaca que essa doença é mais frequentemente diagnosticada em mulheres na faixa etária de 20 a 40 anos, embora possa afetar indivíduos de qualquer idade e gênero.
De acordo com a especialista, a Esclerose Múltipla resulta de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. A predisposição genética é um aspecto central, mas a manifestação da doença pode ser desencadeada por condições como tabagismo, obesidade, deficiência de vitamina D e infecções, especialmente pelo vírus Epstein-Barr. Essa interação entre genética e ambiente ressalta a complexidade do diagnóstico e manejo da doença.
Os sintomas da Esclerose Múltipla são variados e podem incluir embaçamento visual, visão dupla, alterações na força muscular, perda de sensibilidade nos membros, problemas de equilíbrio e distúrbios no controle urinário e intestinal. O diagnóstico geralmente é feito através de uma avaliação clínica minuciosa, complementada por exames como ressonância magnética, punção lombar e exames de sangue, que auxiliam na exclusão de outras condições que possam apresentar sintomas semelhantes.
No que diz respeito ao tratamento, Samyra Melo esclarece que ele ocorre em duas fases distintas. A primeira fase é focada na gestão dos surtos da doença, que são episódios de inflamação aguda, enquanto a segunda fase visa a prevenção de novos surtos. A neurologista também menciona a existência de um ambulatório especializado em Esclerose Múltipla no Hospital Metropolitano de Alagoas, localizado em Maceió. Este ambulatório oferece suporte essencial aos pacientes, com a Sesau garantindo a disponibilização de medicamentos de alto custo através do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf).
Com a implementação desses recursos e serviços, espera-se que os pacientes diagnosticados possam ter uma melhor qualidade de vida e um manejo mais efetivo da doença, embora a luta contra a Esclerose Múltipla continue desafiadora. O suporte adequado é crucial para que pacientes e familiares enfrentem essa condição complexa com mais informação e assistência.
Com informações e fotos da Sesau/AL













