A infraestrutura de transportes no Brasil representa um elemento crucial para o crescimento socioeconômico do país e atualmente está passando por um ciclo histórico de investimentos. Nos últimos dois anos e oito meses, o modal rodoviário recebeu impressionantes R$176 bilhões em aportes da iniciativa privada, distribuídos ao longo de 16 leilões. Com essa tendência, espera-se que o valor dos investimentos privados no setor atinja R$45 bilhões anualmente até 2030. Esse crescimento é considerado capaz de contribuir com um aumento de 0,3% no PIB nacional.
Os investimentos previstos para os próximos sete anos totalizam R$218 bilhões, um valor significativamente maior em comparação aos R$129 bilhões que foram aplicados ao longo de 27 anos, entre 1995 e 2022. O fortalecimento da infraestrutura não é apenas uma questão de aumento de capital, mas também de melhoria na qualidade das estradas e transportes, impactando diretamente a vida dos cidadãos. Há uma preocupação especial com a democratização do processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), visando reduzir custos e facilitar o acesso para motoristas que, atualmente, dirigem sem a devida habilitação.
A fiscalização dos contratos com a iniciativa privada também se destaca como prioridade, com uma atenção especial às concessões, como no caso da EcoSul, no Rio Grande do Sul. A decisão de não renovar o contrato que se encerra em março de 2026 foi tomada para evitar problemas já identificados na gestão anterior, visando garantir uma nova concessão que traga melhores condições e investimentos para a região.
O Brasil, como líder global na produção e exportação de diversos produtos do agronegócio, enfrenta o desafio de atender à crescente demanda de transporte em função da sua safra mundialmente competitiva, que deve alcançar 345 milhões de toneladas este ano, um aumento significativo em relação ao anterior. Por isso, o aprimoramento das rodovias e ferrovias é fundamental.
Nos últimos anos, a revitalização da malha rodoviária também tem sido evidente, com uma melhora significativa nas condições das estradas. A proporção de rodovias consideradas boas aumentou de 52% para 75%, enquanto o percentual das que são avaliadas como ruins caiu de 23% para 7%.
Os investimentos em infraestrutura atingiram R$259 bilhões, um recorde que superou os índices anteriores, sendo R$197 bilhões oriundos do setor privado. Essa nova fase, marcada por investimentos robustos, contempla grandes obras como a construção do Contorno do Mestre Álvaro, que trará alívio ao tráfego na BR-101, e a retomada da Transnordestina, a maior obra ferroviária do Nordeste, ligando importantes portos e estados.
Ainda há, entre os planos futuros, a urgência de finalizar obras inacabadas, como a ponte sobre o Rio Xingu e a construção de pontes que facilitarão a conexão entre diferentes regiões do Brasil. Essa evolução na infraestrutura de transportes não apenas promete otimizar a logística nacional, mas também reforça a base para um futuro mais integrado e eficiente no transporte de pessoas e mercadorias.
Com informações e Fotos do Ministério dos Transportes