logo_mco_2023_200X75
logo_mco_120X45

Publicidade

Publicidade

Alexandre de Moraes, a jornal americano, enterra sonhos de impunidade | José Osmando

COMPARTILHE

Se o deputado afastado Eduardo Bolsonaro mudou-se para os Estados Unidos e de lá disparou toda uma guerra contra o Brasil, estimulando o tarifaço de Donald Trump, e dando aval para as sanções aplicadas contra ministros do STF, teve o real interesse de salvar a pele do ex-presidente da República, vê-se a cada dia, com mais clareza, que o tiro saiu pela culatra. 

E o “tiro pela culatra” é uma expressão nitidamente adequada às práticas de violência verbal e da vontade de ver o armamentismo tomando conta da população brasileira, pois foi muito isso que se presenciou na passagem do bolsonarismo pela Presidência do Brasil, e que culminaram com os atos grotescos de 8 de janeiro de 2023, quando se pretendeu um golpe contra Democracia, num esforço organizado para impedir que o Presidente que acabara de ser eleito pudesse governar.

A entrevista que o ministro Alexandre de Moraes deu ao jornal norte-americano The Washington Post, e que está alcançando enorme repercussão na mídia e nas redes sociais, é uma pá de cal em qualquer esperança de que as ameaças ao STF e em específico ao próprio Moraes, possam fazer a menor diferença diante das provas que a Suprema Corte recolheu ao longo de um trabalho penoso da Polícia Federal e da Procuradoria Geral da União.

“Não há chance de recuar um milímetro” no julgamento de Jair Messias Bolsonaro por seu  envolvimento na trama giolpista, mesmo em face das ações impostas pelo governo Trump.

Numa só entrevista, num mesmo espaço, Alexandre de Moraes cumpre dupla e objetiva finaldiade: primeiro, dizer ao mandatário norte-americano Donald Trump que o STF não se rende, que seus integrantes não temem ameaças e que no Brasil existe Democracia plena, com as instituições republicanas funcionando em todas as dimensões, de maneira ampla, segurança, sem interferência de qualquer manifestação externa.

Em segundo lugar, para deixar por todo esclarecido à família Bolsonaro e seus seguidores que a condenação do ex-presidente, por todas as provas já levantadas, vasculhadas e admitidas no processo, é uma ação da Corte rigorosamente inegociável, sem chance alguma de retrocesso, paralização, ou mesmo redução de tamanho e força diante da lei.

Na  entrevista concedida aos jornalistas, correspondentes internacionais, Marina Dias e Terrence McCoy, do The Washington Post, edição desta segunda-feira, Alexandre de Moraes é categórico:”Vamos fazer o que é certo: vamos receber a denúncia, analisar as evidências, e quem tiver que ser condenado vai ser condenado; quem tiver de ser absolvido vai ser absolvido.” 

O jornal traça um perfil de Alexandre de Moraes, chamando-o de “xerife da Democracia” e destaca sua atuação na condução de processos duros, difíceis, que começaram nessa dimensão que hoje alcançaram em 2019, quando ele foi chamado pelo presidente do STF a assumir o comando das investigações para apurar ações predatórias movidas numa onda de noticiais falsas, de manifestações violentas que tomavam conta das redes sociais, com complacência das big techs, e culminariam no processo que agora está sendo concluído sobre o 8 de janeiro.

Alexandre de Moraes disse que é papel do STF deixar as coisas esclarecidas, sob o domínio da verdade, e afirma que “o Brasil foi infectado por uma ‘doença  autoritária’ e faz parte do seu trabalho aplicar a vacina. É isto que estamos fazendo.”

Por José Osmando

0

LIKE NA MATÉRIA

Publicidade