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Família Hùndésô impulsiona cultura e cidadania em Riacho Branco, Alagoas, com novas oficinas.

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No povoado Riacho Branco, localizado na zona rural de Joaquim Gomes, em Alagoas, a cultura se revela como um poderoso agente de transformação social. O Ponto de Cultura Família Hùndésô, que surge com a ajuda da Política Nacional Aldir Blanc, está promovendo oficinas, afroturismo e uma série de atividades que ressaltarão as tradições afro-indígenas. Essa iniciativa visa fortalecer tanto a identidade quanto a cidadania em uma região marcada pelo isolamento.

“O povoado de Riacho Branco enfrenta desafios de acesso, e muitas famílias de artesãos não recebem o suporte necessário”, destaca Doté Elias, sacerdote da Família Hùndésô e idealizador do Ponto de Cultura. “Nosso objetivo é apoiar essas famílias, ampliar o acesso ao conhecimento e valorizar a cultura local, independentemente das questões religiosas”.

Desde sua fundação em 2003, a Família Hùndésô se dedica a ações socioeducativas, culturais e religiosas de matriz africana, abrangendo comunidades como Grota do Arroz, Cruz das Almas e Riacho Branco. Suas iniciativas buscam combater o racismo, a homofobia e a intolerância religiosa.

A secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas, enfatiza que a difusão cultural é essencial para o desenvolvimento de regiões afastadas dos grandes centros urbanos. “O Ponto de Cultura Família Hùndésô representa resistência, inclusão e valorização da diversidade. Mesmo distantes das grandes cidades, podemos transformar vidas através da arte. Cada oficina e apresentação é um investimento em identidade e cidadania”, afirma.

Wyllyson Santos, superintendente de Economia Criativa, destaca ainda mais o impacto social e cultural dessa iniciativa. “A cultura aqui será uma ferramenta de educação e geração de renda, trazendo oportunidades para quem historicamente esteve à margem. É a arte e a história realmente alcançando o povo”, ressalta.

Ao longo de 12 meses, o Ponto de Cultura oferecerá oficinas gratuitas em diversas áreas, como capoeira feminina, afoxé, arte quilombola, culinária africana, penteado afro e cinema rural. Além disso, o projeto se propõe a preparar os moradores para o afroturismo, convidando visitantes a explorar a natureza e os saberes tradicionais do local.

Roberto Monteiro, coordenador do projeto Turismo Afro, complementa: “Estamos potencializando todos os pontos de cultura, como a Família Hùndésô, para atrair turistas, tanto brasileiros quanto internacionais, fortalecendo a economia das comunidades quilombolas e indígenas de Joaquim Gomes”.

O lançamento do projeto foi marcado por apresentações vibrantes, incluindo grupos como o Maracatu Nação Acorte de Alagoas e o Coletivo AfroCaeté. Para a mestra Letícia Sant’Ana, do Coletivo AfroCaeté, a iniciativa representa um legado significativo. “Fazer parte do movimento cultural me fortaleceu enormemente. Cada participação enriquece nossas vidas. Abracem essa oportunidade que será valiosa”, conclui.

Neste contexto, Riacho Branco se reafirma como um espaço onde cultura e ancestralidade se entrelaçam, oferecendo esperança e perspectivas para a comunidade.

Com informações e imagens do Governo de Alagoas.

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