A memória de Mãe Bernadete, uma figura emblemática da resistência quilombola, foi recentemente homenageada por membros da comunidade em um evento público significativo. Este acontecimento, que atraiu pessoas de diferentes gerações, teve como objetivo celebrar a vida e os legados deixados por essa matriarca, que dedicou sua vida à luta pela valorização e preservação da cultura afro-brasileira. Mãe Bernadete não somente representava uma liderança espiritual, mas também era um símbolo de esperança para muitos, pautando sua trajetória pela busca de direitos e justiça social.
Durante as homenagens, destacaram-se histórias de luta e resistência. Mãe Bernadete, que viveu até os 96 anos, foi alvo de injustiças que marcaram sua vida e a de sua comunidade, que continua a lutar por reconhecimento e direitos. A cerimônia contou com depoimentos emocionantes de pessoas que foram influenciadas por sua sabedoria e coragem, reiterando a importância de sua atuação em tempos de opressão.
Os quilombolas, que enfrentam desafios diários relacionados à preservação de suas terras e tradições, expressaram sua determinação em continuar a luta por justiça. As vozes dos jovens – muitos dos quais cresceram ouvindo as histórias de Mãe Bernadete – foram especialmente marcantes. Eles afirmaram que o compromisso com a memória da líder é também um impulso para a continuidade da luta por igualdade e reconhecimento dos direitos quilombolas.
Ao longo do evento, diversas lideranças e representantes de movimentos sociais enfatizaram a necessidade de um processo de reparação que reconheça não só a história de Mãe Bernadete, mas também a trajetória de todas as comunidades quilombolas que, por gerações, têm enfrentado a marginalização e a luta por seus direitos. Assim, a memória da matriarca se transforma em um sinal de esperança e motivação para as novas gerações que se dedicam à preservação de sua cultura e à busca por justiça.
O evento não apenas reafirmou o legado de Mãe Bernadete, mas também fortaleceu a união e a solidariedade entre os quilombolas, servindo como um lembrete poderoso de que a luta pela justiça e dignidade é uma jornada coletiva, que se renova a cada dia e que é alimentada pelas memórias daqueles que vieram antes.
Com informações da EBC
Fotos: / EBC