Caminhando por ruas que guardam memórias dolorosas, um grupo de familiares e ativistas se reuniu recentemente para lembrar e exigir justiça pelos dez anos da trágica chacina ocorrida em Osasco, na Grande São Paulo. O evento, que atraiu a atenção de variados segmentos da sociedade, visou não só honrar a memória das vítimas, mas também resgatar a luta incessante por direitos humanos e reparação.
Na noite fatídica de 2015, diversas pessoas foram brutalmente assassinadas por um grupo armado, um crime que até hoje ecoa nas comunidades locais. Os presentes ao ato não apenas relembraram a dor da perda, mas também destacaram a importância de não deixar que a impunidade prevaleça. Para muitos familiares, os dez anos que se passaram não acalmaram a angústia; pelo contrário, aumentaram a demanda por respostas efetivas da justiça.
O encontro não se limitou a recordar os eventos daquele período, mas também se transformou em um espaço de reflexão e diálogo. Durante as intervenções, testemunhos emocionados revelaram o impacto devastador que a chacina teve em suas vidas, enquanto representantes de movimentos sociais clamaram por uma mudança estrutural nas políticas de segurança pública no Brasil. As falas enfatizaram que a violência não é um fenômeno isolado, mas parte de um contexto social mais amplo, que requer uma abordagem mais humana e menos punitiva.
A comissão que organiza o ato reafirmou a necessidade de responsabilização dos culpados e de uma investigação minuciosa, destacando que o esquecimento é inaceitável. Além disso, também foram levantadas questões sobre a urgência de políticas públicas que garantam a proteção das comunidades mais vulneráveis e que previnam futuros episódios de brutalidade.
Muitos acreditam que a memória coletiva é uma das formas mais poderosas de combater a violência sistemática. Assim, ao deixar flores e acender velas em homenagem às vidas perdidas, o ato se consolidou não apenas como um tributo, mas como um compromisso firme com a luta contra a violência e por um futuro mais justo para todos. A união e a mobilização da sociedade são vistas como cruciais para transformar a dor em ação e reivindicar um Brasil onde os direitos humanos sejam respeitados e valorizados.
Com informações da EBC
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