A recente ação do governo dos Estados Unidos contra médicos cubanos gerou ampla repercussão e indignação entre os profissionais de saúde de Cuba. A Associação Médica de Cuba emitiu uma nota oficial em que condena veementemente as medidas restritivas impostas pelos Estados Unidos, que visam dificultar a atuação dos médicos cubanos no exterior.
Historicamente, Cuba é conhecida por enviar médicos a diversas partes do mundo, especialmente em regiões carentes de serviços de saúde. Esses colaboradores são fundamentais em missões humanitárias e programas de cooperação, que visam promover o atendimento médico em lugares onde o acesso à saúde é precário. No entanto, a administração americana recebeu críticas por considerar essa prática como uma forma de “tráfico de profissionais”, o que foi fortemente contestado pelos médicos cubanos e pela associação de classe.
Na declaração, os médicos cubanos argumentam que as ações dos Estados Unidos não apenas prejudicam a imagem dos profissionais de saúde, mas também afetam diretamente as comunidades que dependem da ajuda humanitária. Para eles, a postura do governo americano fere princípios éticos fundamentais da medicina, que defendem a assistência e o cuidado ao próximo, independente de nacionalidade ou origem.
A nota enfatiza a importância dos médicos cubanos que têm atuado em situações emergenciais, como desastres naturais e epidemias, ressaltando que a solidariedade internacional é um valor central da prática médica. Além disso, o documento ressalta o impacto negativo das medidas restritivas na saúde global, limitando a capacidade de resposta a crises de saúde que exigem colaboração entre nações.
Os médicos cubanos veem essas ações como uma tentativa de silenciar e deslegitimar o trabalho altruísta que têm realizado por décadas. Essa sanção não só compromete a saúde de muitas pessoas ao redor do mundo, como também agrava a já tensa relação entre Cuba e os Estados Unidos, rememorando um histórico de embargos e restrições que persistem ao longo do tempo.
Em suma, a associação reafirma seu compromisso com a missão de salvar vidas e promover a saúde global, condenando as intervenções políticas que buscam obstruir esse trabalho vital. A solidariedade internacional e o acesso à saúde devem prevalecer sobre divisões políticas, segundo a defesa realizada pelos profissionais de saúde cubanos.
Com informações da EBC
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