Em uma jornada cheia de desafios e espírito esportivo, a equipe de remo do Brasil conquistou a medalha de bronze no Quatro Sem Masculino durante os Jogos Pan-americanos Júnior em Assunção 2025. O time, composto por Andrei Alves, Diogo Gonçalves, Kayki Siqueira e Miguel Marques, superou um contratempo significativo: a quebra da forqueta, uma peça crítica para o suporte do remo, usada por Miguel, o que complicou a atuação na reta final da prova.
Desde o início, a equipe brasileira mostrou competitividade, assumindo a dianteira ao lado do Chile, enquanto a Argentina vinha logo atrás. No entanto, na fase decisiva, a cerca de 300 metros do final, ocorreu a quebra da forqueta, obrigando o Brasil a seguir com apenas três remadores. A decisão de Miguel em assumir o papel de timoneiro foi crucial; ele orientou seus colegas para manterem o ritmo e alcançarem a linha de chegada em terceiro lugar, com um tempo de 6min32s41, superando Cuba, que terminou em quarto com 6min33s86. O Chile conquistou o ouro com 6min19s29, e a Argentina ficou com a prata ao marcar 6min22s91.
Miguel, refletindo sobre a prova, comentou que a medalha de bronze teve um sabor especial: “Acaba que ficou com um gostinho de ouro, né”. Apesar do acidente, o instinto de liderança de Miguel e a determinação do grupo foram fundamentais. Ele contou como, mesmo surpreso com a situação, guiou seus companheiros com energia, assegurando que não desistissem e alcançassem o melhor resultado possível para o Brasil.
Para Werner Hoher, chefe de equipe do remo, a atitude dos remadores destacou um verdadeiro espírito de equipe. Mesmo diante de adversidades, a equipe manteve a intensidade e a união, elementos que ele considera vitais não apenas para a conquista da medalha, mas também para o fortalecimento do grupo. “Essa atitude vai agregar muito para o nosso grupo”, afirmou Hoher, que vê no feito um exemplo de superação e cooperação em busca do sucesso.
Após a prova, os remadores foram amplamente elogiados por suas atitudes. Juan Carlos Balbi, presidente da Confederação Sul-americana de Remo, enfatizou o valor moral de sua conquista e a Panam, organização dos Jogos, decidiu homenageá-los por exibirem um comportamento esportivo exemplar.
Esse relato de perseverança e trabalho em equipe nos Jogos Pan-americanos Júnior não apenas trouxe uma medalha para o Brasil, mas também deixou um legado de inspiração e determinação. Isso exemplifica a essência do espírito olímpico, onde a verdadeira vitória transcende os pódios.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
Legenda Foto: Mesmo com remo quebrado, o Time Brasil garantiu o bronze no Quatro Sem Masculino no Pan de Assunção 2025. Andrei Alves, Diogo Gonçalves, Kayki Siqueira e Miguel Marques superaram a adversidade mostrando espírito de equipe e garra. Miguel, após assumir o papel de timoneiro, ajudou a equipe a manter a terceira posição. Créditos: Marina Ziehe/COB.