Durante a famosa Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), um grupo de autoras contemporâneas fez história ao trazer à tona a voz e a realidade das trabalhadoras domésticas, um tema que ainda carece de representação nas discussões literárias e sociais. Com a partir do diálogo entre literatura e questões sociais, essas escritoras destacaram não apenas os desafios enfrentados por essas mulheres, mas também suas histórias de luta e resistência.
Essas autoras, ao compartilhar suas criações e experiências, desafiaram o público a olhar além das páginas dos livros e a ponderar sobre as vidas reais que existem na sociedade brasileira. Por meio de suas narrativas, elas revelaram como as trabalhadoras domésticas, muitas vezes invisibilizadas, desempenham um papel crucial na estrutura familiar e social, contribuindo para a economia, enquanto lutam por condições dignas de trabalho e reconhecimento.
A FLIP deste ano foi marcada por uma série de mesas-redondas e debates que exploraram as vivências e os direitos dessas mulheres, revelando a complexidade de suas jornadas. As discussões abarcaram desde questões de classe e raça até os impactos da pandemia na vida dessas trabalhadoras, que enfrentaram não apenas a perda de emprego, mas também a intensificação das tarefas e a precarização das condições de trabalho.
Uma das principais contribuições das autoras foi a capacidade de humanizar as histórias dessas mulheres, apresentando suas vitórias, sonhos e a força que as movimenta diariamente. Cada narrativa se tornou um convite à empatia, incentivando o público a refletir sobre suas próprias relações com o trabalho e as desigualdades persistentes.
Esses momentos de diálogo durante a FLIP não só celebraram a literatura, mas também funcionaram como uma plataforma para a conscientização sobre temas sociais prementes. Através da arte, essas autoras contemporâneas reafirmaram a necessidade de vozes diversificadas na literatura, ressaltando que a luta das trabalhadoras domésticas é uma história de todas as mulheres e que, assim como elas, precisamos ser ouvidas e representadas.
Com informações da EBC
Fotos: / EBC
