O principal projeto ferroviário em andamento no Brasil, a Transnordestina, recebeu um aporte de R$1,4 bilhão, reforçando sua importância para a logística e o desenvolvimento econômico da região Nordeste. O novo investimento foi anunciado durante uma visita ao trecho da ferrovia em Missão Velha, no Ceará.
Desse total, R$600 milhões são provenientes do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), parte de um aditivo de R$3,6 bilhões formalizado em novembro de 2024. O restante, de R$816 milhões, foi obtido por meio do leilão de cotas escriturais do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor). Este é o segundo investimento significativo em um curto período; em junho, já havia sido anunciado um aporte de R$1 bilhão destinado ao Lote 8 da ferrovia.
As obras da Transnordestina já alcançaram 75% de conclusão física, com 676 quilômetros da linha principal finalizados e mais 280 quilômetros em construção. Com um total de 1.200 quilômetros de extensão e um orçamento estimado em R$15 bilhões, a ferrovia atravessa 53 municípios do Nordeste, ligando Eliseu Martins, no Piauí, ao Porto de Pecém, no Ceará.
A Transnordestina é considerada uma obra de grande relevância, com mais de 4 mil empregos diretos gerados e mais de 1.100 máquinas pesadas em operação. De acordo com o diretor-presidente da Transnordestina Logística, Tufi Daher, há uma robustez nos contratos, com mais de R$4 bilhões já assinados para execução.
A conexão das áreas produtivas do interior com os portos de Pecém e Suape facilita o escoamento de grãos, minérios e outros produtos tanto para o mercado interno quanto para o internacional. Esse aspecto é especialmente importante para o desenvolvimento do setor calçadista na região do Cariri, que, além de atender a demanda local, também se prepara para exportação.
A expectativa é que partes da ferrovia comecem a operar ainda em 2025, inicialmente a partir do Terminal Intermodal em Bela Vista do Piauí.
Embora a construção da Transnordestina tenha começado em 1959 e enfrentado várias interrupções ao longo das décadas, a renovada ênfase em sua conclusão surge em um contexto em que a economia da região Nordeste está em ascensão, contribuindo significativamente para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional, com aproximadamente 16% do total.
Essa obra, sem dúvida, desempenha um papel estratégico no fortalecimento do desenvolvimento regional e na melhoria da infraestrutura de transporte do Nordeste, reforçando o compromisso com a integração econômica e social dessa parte do Brasil.
Com informações e Fotos do Ministério dos Transportes
