Nos primeiros seis meses de 2025, o Hospital Geral do Estado (HGE) em Maceió reportou um aumento significativo no número de atendimentos a vítimas de acidentes de trânsito. Foram 2.762 pacientes assistidos, um crescimento de aproximadamente 5% em relação aos 2.612 atendimentos registrados no mesmo intervalo do ano anterior. O expressivo número de atendimentos acende um alerta sobre a urgência de se promover uma direção mais consciente e responsável entre os motoristas nas vias públicas.
O diagnóstico dos acidentes revela que as colisões e os acidentes com motocicletas continuam a ser os responsáveis pela maior parte dos atendimentos. Entre as 2.762 vítimas atendidas nos primeiros seis meses de 2025, 1.241 foram feridas em colisões, 1.120 em acidentes de moto, 187 em atropelamentos, 154 em acidentes envolvendo ciclistas e 60 em capotamentos. Comparando com o ano anterior, foram registrados 1.174 casos de colisões, 1.005 de acidentes de moto, 227 atropelamentos, 140 envolvendo ciclistas e 66 capotamentos.
O médico ortopedista Delane Eduardo, especialista no tratamento de traumas, enfatiza que a maioria dos acidentes é resultado de erros humanos. Fatores como distrações ao volante, excesso de velocidade, desrespeito à sinalização, ultrapassagens perigosas, direção sob efeito de álcool ou drogas, além da falta de manutenção dos veículos, contribuem para o aumento desses sinistros. O cenário é ainda agravado por condições climáticas adversas, como chuvas e neblinas, que dificultam o controle dos veículos.
Um caso emblemático é o de Pedro Henrique Ribeira, um comerciante de 36 anos que se tornou uma vítima da imprudência no trânsito. Ele relata que foi atropelado por uma motocicleta que cruzou a rodovia BR-316 em alta velocidade, logo após sair de um posto de combustíveis, resultando em graves fraturas. Pedro ficou inconsciente durante o socorro, mas elogia o atendimento que recebeu no HGE: “O médico que me operou foi espetacular. O ortopedista Delane é diferenciado”, afirmou, ressaltando a importância de seguir com as orientações médicas e iniciar a fisioterapia.
Além das consequências físicas diretas, os acidentes de trânsito também representam uma ameaça à saúde pública, gerando impactos psicológicos profundos, como ansiedade e depressão, que podem surgir após um trauma. Essas lesões não apenas afetam a qualidade de vida das vítimas, mas também impõem novos desafios ao sistema de saúde e aos recursos públicos, elevando os custos com cuidados médicos e suporte psicológico. Assim, é essencial que tanto motoristas quanto pedestres adotem comportamentos mais prudentes e conscientes nas vias urbanas.
Com informações e fotos da Sesau/AL