A relação entre a ciência e a política no Brasil tem se tornado uma questão cada vez mais preocupante, especialmente diante das necessidades urgentes que a sociedade enfrenta. Uma pesquisadora proeminente comenta que a política brasileira tende a subestimar a importância da ciência como uma ferramenta essencial para a resolução de problemas sociais e econômicos. Essa visão limitada impede a implementação de políticas públicas eficazes, que poderiam ser fundamentadas em evidências científicas robustas.
O Brasil, um país com vastos recursos naturais e um potencial imenso para a inovação científica, ainda enfrenta desafios significativos em questões como saúde, educação e desenvolvimento sustentável. Apesar dos avanços que o país fez em diferentes áreas da ciência e da tecnologia, o reconhecimento e a valorização do trabalho científico permanecem aquém do necessário. Frequentemente, decisões políticas são tomadas sem a devida consulta a especialistas, resultando em políticas que não atendem às demandas da população.
A pesquisadora destaca que, em muitos casos, a ciência é vista apenas como um luxo ou uma área que pode ser desconsiderada em tempos de crise. Isso é problemático, pois a ciência não só oferece soluções para dilemas complexos, como também é crucial para a elaboração de estratégias que promovam o bem-estar social. A falta de investimento em pesquisa e inovação afeta diretamente a capacidade do Brasil de enfrentar os desafios contemporâneos.
Além disso, a desarticulação entre os setores político e científico impede que as descobertas e inovações sejam traduzidas em políticas públicas efetivas. Por isso, é fundamental que haja uma mudança de mindset, onde a ciência seja reconhecida não apenas como um campo acadêmico, mas como uma aliada indispensável na construção de um futuro melhor.
A pesquisadora conclui que, para que o Brasil possa avançar em diversos aspectos, é necessário que os tomadores de decisão se aproximem mais da comunidade científica. É preciso fomentar um diálogo aberto entre pesquisadores e políticos, assegurando que as evidências científicas sejam integradas às estratégias de governança. Essa integração pode, finalmente, elevar o material científico a um lugar de destaque, onde possa desempenhar um papel crucial na formulação de políticas que realmente atendam às necessidades da população.
Com informações da EBC
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