Em um alerta recente, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) de Alagoas enfatizou a relevância de medidas preventivas contra a meningite, uma enfermidade que já registrou sete casos confirmados em 2025, incluindo dois óbitos em Maceió e Campo Alegre. A meningite, que se caracteriza pela inflamação das meninges — as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal — pode ter diversas origens, como bactérias, vírus, fungos e parasitas, além de causas não infecciosas. Felizmente, a doença é imunoprevenível, o que significa que a vacinação e boas práticas de higiene podem reduzir significativamente o risco de contágio.
A Sesau destaca a importância da atualização do Cartão de Vacinação, considerando que existem várias vacinas eficazes contra a meningite. Dentre elas, encontramos a BCG, que protege contra a meningite tuberculosa, a Pentavalente, que previne a infecção pelo Haemophilus influenzae tipo b (Hib), e a Pneumocócica 10-Valente, que impede a meningite pneumocócica. A vacina Meningocócica C Conjugada e a Meningocócica ACWY também são fundamentais, pois oferecem proteção contra os sorogrupos A, C, W e Y da Neisseria meningitidis.
Cindy Romão, coordenadora do Programa Estadual de Controle da Meningite, reiterou a eficácia dessas vacinas, enfatizando que não apenas protegem os indivíduos, mas também evitam internações desnecessárias e reduzem a mortalidade. Além da vacinação, a higiene pessoal é crucial para a prevenção da doença. A coordenadora recomendou que a população mantenha boas práticas, como a lavagem frequente das mãos e a evitação do uso compartilhado de utensílios, como copos e talheres. Manter os ambientes bem ventilados e minimizar aglomerações também são medidas úteis para conter a disseminação da meningite, que é uma doença altamente contagiosa.
É fundamental que a população esteja atenta aos sintomas da meningite, que incluem febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez no pescoço, náuseas e vômitos. O diagnóstico precoce é vital para evitar o agravamento do quadro clínico. Ao perceber a presença desses sintomas, é essencial buscar atendimento médico imediato. No último Panorama da Doença Meningocócica em Alagoas, realizado até junho de 2025, foi observada a ocorrência de sete casos da doença, sendo quatro do tipo B, um do tipo W e dois sem identificação específica. Dessa totalidade, a maioria dos casos foi diagnosticada em Maceió.
Com informações e fotos da Sesau/AL













