No mês de julho, que é dedicado à conscientização sobre as hepatites virais, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) destaca a relevância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento dessas infecções que, embora frequentemente assintomáticas, podem trazer graves complicações para a saúde, como cirrose, insuficiência hepática e câncer de fígado. Muitas vezes, os sinais da doença, como fadiga, febre, mal-estar e alterações na cor da pele e da urina, passam despercebidos, tornando essencial a realização de exames periódicos.
As hepatites virais são diagnosticadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) por meio de testes rápidos. O último levantamento do Sistema de Informação sobre Agravos de Notificação revelou que Alagoas registrou 369 casos de hepatites virais no ano anterior. O número de diagnósticos no primeiro semestre de 2024 mostra uma leve alta, com 178 registros, comparado a 127 no mesmo período do ano atual.
A enfermeira Itanielly Queiroz, do Programa Estadual de Controle das Hepatites Virais, ressalta a importância de utilizar preservativos como principal forma de prevenção, uma vez que algumas hepatites são classificadas como Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). As vacinas contra hepatite A e B estão disponíveis gratuitamente nas unidades de saúde, enquanto a hepatite C, embora não tenha vacina, possui alta taxa de cura se diagnosticada precocemente e tratada adequadamente.
Uma vez realizado o diagnóstico, o paciente deve ser encaminhado ao Serviço de Assistência Especializada, recebendo acompanhamento e tratamento adequado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A hepatite B, que pode se tornar crônica, exigirá monitoramento contínuo. O diagnóstico antecipado é fundamental para evitar progressões da infecção, que podem resultar em intervenções cirúrgicas ou até em óbitos.
As diferentes formas de hepatite têm modos distintos de transmissão. A hepatite A, por exemplo, é transmitida principalmente pelo consumo de água e alimentos contaminados, enquanto a hepatite B pode ser contraída sexualmente ou por contato com sangue infectado. A hepatite C, por sua vez, carece de vacina e requer cuidados rigorosos para prevenir a transmissão.
Outro aspecto importante a ser mencionado é a hepatite D, que ocorre como uma co-infecção com a hepatite B, dependendo dela para causar infecção. Finalmente, a hepatite E se dissemina também pela ingestão de água contaminada ou carne malcozida, reforçando a necessidade de boas práticas de higiene e saneamento.
Diante de todos esses fatores, a campanha Julho Amarelo serve como um lembrete crucial sobre a necessidade de mais atenção à saúde do fígado, incentivando a população a buscar informação, testar-se regularmente e vacinar-se conforme necessário, promovendo assim um futuro mais saudável.
Com informações e fotos da Sesau/AL













