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Batalhão Ambiental Intensifica Fiscalização e Combate à Pesca Predatória em Alagoas

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A biodiversidade da região de Alagoas, reconhecida por seu rico ecossistema aquático, vem sendo protegida por ações do Pelotão Aquático do Batalhão Ambiental da Polícia Militar. O nome Alagoas, de origem indígena, sugere “terras alagadiças” ou “lugares de muitas lagoas”, e é nesse contexto que se intensificam os esforços para defender as espécies nativas ameaçadas diante da pressão da exploração humana.

Situada próximo à Lagoa Mundaú, entre Maceió e Marechal Deodoro, a sede do Pelotão é equipada com duas lanchas e dois jet skis, recursos essenciais para o patrulhamento das lagoas e rios da região. O tenente Delmiro, responsável pelo grupamento, destaca que o foco das operações está na prevenção de crimes ambientais, especialmente a pesca predatória, que compromete a reprodução saudável da fauna aquática local.

As operações são realizadas em áreas estratégicas, ondem há maior concentração de pescadores, permitindo a detecção de irregularidades. No início deste ano, foram contabilizadas 29 operações de fiscalização, resultando no resgate de 51 animais capturados ilegalmente. As principais infrações se referem ao uso de equipamentos inadequados que, em muitos casos, resultam na captura de espécies ainda em fase de desenvolvimento. Um exemplo emblemático é o uso de redes com malhas menores que o permitido, que aprisionam filhotes, comprometendo a sustentabilidade da população.

Um outro tipo de armadilha amplamente utilizado é o chamado “candango”, uma construção que permite a captura indiscriminada de animais sem considerar seu tamanho ou espécie. Nos últimos dois anos, o Pelotão Aquático retirou 41 desses dispositivos das atividades pesqueiras.

Dados recentes indicam que Maceió e as cidades ao seu redor têm sido epicentros de delitos ambientais relacionados à pesca com equipamentos proibidos, com quase 70% das ocorrências registradas em Marechal Deodoro. As operações do Batalhão Ambiental têm resultado na punição de 142 pessoas em dois anos, destacando a importância da fiscalização ativa.

O destaque fica por conta da proteção a espécies ameaçadas, como o caranguejo, cuja captura irregular é alarmante. Desde 2023, o Batalhão apreendeu mais de 1.080 caranguejos, mesmo com a proibição de pesca durante seu período reprodutivo, estabelecida para assegurar a continuidade da espécie.

O sargento Franklin, com 18 anos de experiência, enfatiza que o conhecimento técnico sobre o comportamento da maré e os padrões de pesca de infratores é vital para o sucesso das operações. A comunicação com a população também desempenha um papel crucial no combate aos crimes ambientais, e a tecnologia tem sido aliada na facilitação de denúncias, permitindo que a sociedade atue como vigilante do meio ambiente.

Neste contexto, as ações do Pelotão Aquático não apenas reprimem a pesca predatória, mas também promovem a conscientização sobre a importância da proteção do ecossistema, afirmando o papel da Polícia Militar como guardiã da natureza em Alagoas.

Com informações e fotos da Semarh/AL

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