O projeto “Centro de Maceió, onde fica?” destaca-se por seu esforço em resgatar e celebrar a rica história do bairro que abriga o coração cultural da capital alagoana. Uma das iniciativas mais notáveis dessa proposta é a exposição itinerante com o mesmo nome, que reúne 20 imagens do cotidiano da região, capturadas nos últimos 20 anos. Essa mostra foi inaugurada no espaço da Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos, uma instituição que completa 160 anos no próximo dia 26. O evento ficará disponível para visitação até 30 de junho e representa um marco significativo no uso dos espaços culturais dessa biblioteca.
A supervisora da instituição, Mira Dantas, ressaltou o valor museológico da biblioteca ao abrir suas portas para exposições. Segundo ela, essa iniciativa pioneira vai além, possibilitando a recepção de obras de outros fotógrafos e artistas, transformando a biblioteca em um híbrido de espaço cultural que une as funções de biblioteca e museu. Ela também enfatizou que a realização desta exposição poderia atuar como um catalisador para futuras manifestações artísticas, como saraus, que envolvam música e poesia, fazendo a biblioteca vibrar com a arte e a cultura.
A mostra, sob a curadoria do fotógrafo Lula Castello Branco, já foi exibida anteriormente no Complexo Cultural Teatro Deodoro e no Museu Palácio Floriano Peixoto e agora segue para a Companhia Brasileira de Trens Urbanos, onde permanecerá durante o mês de julho. Esse trajeto ilustra o compromisso do projeto com a valorização cultural de Maceió e a sua mobilidade urbana, por meio de fotografias que se dividem em cinco temas: cotidiano, personagens, logradouros, arquitetura e geografia. Com isso, as imagens oferecem um panorama da essência da cidade e suas transformações ao longo do tempo.
Além disso, o projeto tem como meta formar 30 agentes culturais em seis etapas de capacitação, que acontecerão nas dependências do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), em um esforço para nutrir as vertentes de comercio, turismo e cultura na região. Com recursos provenientes da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), sob a gestão da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), a proposta visa promover ações que fortifiquem a identidade cultural da região.
Os 160 anos da Biblioteca Graciliano Ramos serão comemorados ao longo de junho com atividades voltadas ao público, destacando o BiblioTour Anarriê, que oferece uma imersão lúdica nas tradições das festas juninas. Os visitantes poderão experimentar todas as nuances dessa riqueza cultural, com atividades destinadas a alunos das redes pública e privada de ensino. Cada estação da comemoração será dedicada a um aspecto das festas juninas e à literatura de cordel, envolvendo ativamente a comunidade no processo de aprendizado e celebração cultural, reafirmando a importância da biblioteca como um centro de conhecimento e cultura na sociedade.
Com informações e fotos da Secult/AL
