O Hospital Metropolitano de Alagoas, localizado em Maceió, marcou um avanço significativo na medicina local ao realizar, pela primeira vez, uma Dissecção Endoscópica da Mucosa (ESD). Este procedimento de alta complexidade, que visa a remoção de neoplasias precoces do trato gastrointestinal, foi aplicado com êxito em um paciente atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esta conquista não apenas representa um marco histórico para a saúde pública do Estado, mas também sinaliza uma nova era na abordagem das condições gastrointestinais.
A ESD, técnica minimamente invasiva, permite a remoção completa de lesões que afetam as camadas superficiais do aparelho digestivo, especificamente a mucosa e a submucosa, sem a necessidade de uma cirurgia aberta. Sob a supervisão do endoscopista Bruno Vieira, o procedimento trouxe uma nova dimensão à assistência à saúde pública em Alagoas. Ele afirma que essa técnica moderna não apenas torna as intervenções menos agressivas, mas também melhora a qualidade de vida dos pacientes, resultando em menor tempo de internação e redução de custos hospitalares.
O primeiro paciente submetido a esse processo inovador foi José Antônio da Silva, um homem de 68 anos, que enfrentava uma lesão gástrica na região do antro. Ao compartilhar sua experiência, José revelou que, após anos lidando com dores estomacais, ele acreditava estar apenas lidando com gastrite. O diagnóstico foi alarmante, mas a realização do procedimento trouxe alívio e gratidão. “Agradeço muito à equipe. Eles foram até a raiz do problema e me trataram com excelência. Desejo que outros possam se beneficiar dessa técnica”, expressou.
O endoscopista Bruno Vieira ressaltou que a ESD ainda é uma prática restrita a poucos centros no Brasil, principalmente no contexto do SUS, e sua realização no Hospital Metropolitano representa um avanço notável. “Esses procedimentos demonstram que é possível integrar as mais novas técnicas de tratamento em um sistema público de saúde” disse. Ele também destacou a importância do diagnóstico precoce, enfatizando que a eficácia da ESD depende da detecção ágil das doenças.
Filipe Fernandes, diretor do Hospital Metropolitano, enfatizou a importância desse procedimento para os alagoanos, considerando-o um símbolo do compromisso do hospital com a excelência, inovação e acesso igualitário à saúde de qualidade. Essa conquista é um passo significativo tanto para os pacientes quanto para a evolução do SUS em Alagoas, criando uma perspectiva mais promissora para o tratamento de doenças gastrointestinais na rede pública.
Com informações e fotos da Sesau/AL
