A promoção da sustentabilidade pode começar em lugares inesperados, como as estantes de livros. Nesse sentido, a Imprensa Oficial Graciliano Ramos tem adotado iniciativas que visam não apenas estimular a leitura, mas também incentivar práticas ambientais conscientes, como a troca e reutilização de livros. Essa proposta, bastante acessível, permite que os leitores levem um ou mais títulos da biblioteca, desde que deixem outros em contrapartida.
Ao fomentar a circulação de obras já existentes, não só se amplia o acesso à leitura como também se contribui para a diminuição do impacto ambiental associado à indústria editorial. Isso porque a produção de novos livros requer a utilização de recursos naturais significativos, como papel e energia, que poderiam ser economizados por meio de ações de troca. Portanto, mais do que simplesmente apreciar a leitura, é crucial que os consumidores reflitam sobre as consequências desse hábito nas questões ambientais.
A Imprensa Oficial tem se mostrado comprometida com a educação ambiental e propõe que a sociedade examine seus hábitos de consumo. A ideia é que pequenas ações, quando somadas, possam gerar um grande impacto na construção de um futuro mais sustentável.
Na Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos, localizada em Maceió, essa iniciativa ganha vida com um sistema dedicado à troca de livros, que visa valorizar tanto o consumo consciente quanto a diversidade de leituras. A biblioteca opera das 8h às 17h e, em sua recepção, há uma estante especializada com títulos disponíveis para troca. Os livros passam por uma avaliação para garantir que estejam em boas condições, adequados para novos leitores. É importante ressaltar que apenas obras de literatura são aceitas; por exemplo, textos de caráter religioso não são incluídos nesse sistema.
Mira Dantas, supervisora da biblioteca, enfatiza que o principal objetivo de projetos como esse é sempre promover a leitura, contribuindo também para a sustentabilidade e mantendo os leitores engajados. “Esse tipo de iniciativa é vital para a formação de um público ativo, fomentando o hábito da leitura e uma relação mais consciente com os livros”, destaca Mira. Dessa forma, a biblioteca se torna um espaço não apenas de conhecimento e cultura, mas também um agente transformador em prol do meio ambiente. A troca de livros, portanto, se revela como uma forma prática e efetiva de unir prazer pela leitura e responsabilidade ambiental.
Com informações e fotos da Semarh/AL
