A líder indígena Célia Xakriabá solicitou à Polícia Federal que investigue os ataques violentos sofridos durante a Marcha das Mulheres Indígenas, realizada no último mês. Em um comunicado à imprensa, Xakriabá denunciou a agressão física e verbal que as mulheres indígenas enfrentaram por parte de grupos que se opõem aos direitos indígenas e à demarcação de terras.
A Marcha das Mulheres Indígenas ocorreu como forma de protesto e reivindicação pelos direitos das mulheres indígenas no Brasil, que são frequentemente marginalizadas e sofrem diversos tipos de violência. Durante o evento, as participantes relataram terem sido alvo de agressões, inclusive com disparos de balas de borracha e gás lacrimogêneo por parte de policiais.
Célia Xakriabá, representante do povo Xakriabá e conhecida defensora dos direitos indígenas, destacou a importância de se apurar os responsáveis pela violência contra as mulheres indígenas. Segundo ela, a agressão sofrida durante a Marcha não foi um fato isolado, mas sim parte de um padrão de violência sistemática contra os povos indígenas no Brasil.
Além disso, a líder indígena ressaltou que a violência contra as mulheres indígenas não pode ser tolerada e que é necessário garantir a segurança e a integridade física de todas as pessoas que lutam pelos direitos indígenas. Xakriabá também pediu apoio de organizações internacionais de direitos humanos para denunciar a violência e pressionar as autoridades brasileiras a tomarem medidas efetivas para proteger os povos indígenas.
Diante das denúncias de violência durante a Marcha das Mulheres Indígenas, a Polícia Federal informou que irá abrir um inquérito para investigar os fatos e identificar os responsáveis pelos ataques. A expectativa é de que a atuação da PF possa contribuir para a responsabilização dos agressores e para a prevenção de futuros episódios de violência contra os povos indígenas no Brasil.
Com informações da EBC
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