Na sessão da Câmara Municipal de Maceió, realizada na quinta-feira (10), discutiu-se a grave situação da regulação de leitos para pacientes do SUS. Os vereadores ressaltaram que muitos pacientes aguardam mais de um mês nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) por uma transferência para hospitais, devido à escassez de vagas.
Durante uma visita à UPA da Santa Lúcia, o vereador Chico Filho encontrou idosos e crianças sem perspectivas de transferência, especialmente nas áreas de ortopedia e oncologia, que enfrentam a maior falta de leitos em Alagoas. Ele destacou um desencontro entre as diretrizes estaduais e municipais que prejudica o encaminhamento adequado dos pacientes.
Chico enfatizou que a situação requer atenção urgente: “Cerca de 60% a 70% dos leitos nas UPAs são ocupados por pacientes que deveriam estar internados em hospitais. Apesar da construção de novos hospitais em Alagoas, a falta de leitos persiste”, afirmou.
O vereador Leonardo Dias reforçou a crescente demanda de familiares por ajuda em relação à regulação de pacientes, alertando que a ação isolada de um vereador não resolve o problema. “As pessoas continuam morrendo à espera da regulação. É fundamental que Estado e município se unam para encontrar uma solução eficaz”, declarou.
A vereadora Jeannyne Beltrão contribuiu com a discussão ao questionar as razões da falta de leitos, mencionando a carência de equipamentos, profissionais e insumos como fatores críticos. Por sua vez, a vereadora Fátima Santiago pediu um investimento maior em atenção básica, a fim de diminuir os custos com serviços de alta complexidade. “O aumento da cobertura na atenção básica em Maceió é um passo importante, mas tratar a saúde de forma integral requer diálogo e colaboração entre os gestores públicos”, concluiu.
Com informações e fotos da Cmaâmara Municipal de Maceió