Na última sexta-feira, sobreviventes e familiares das vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho, Minas Gerais, em 2019, entraram com um processo contra a Vale cobrando uma série de medidas da empresa para reparar os danos causados pela tragédia ambiental. O grupo está pedindo uma série de indenizações e benefícios que foram prometidos pela mineradora após o desastre.

Os advogados dos sobreviventes afirmam que a Vale não cumpriu o acordo feito com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Defensoria Pública do estado em relação ao pagamento de auxílio financeiro e fornecimento de assistência médica e psicológica. Além disso, as famílias ainda cobram a construção de moradias para os atingidos e medidas de recuperação ambiental na região.

Segundo os representantes legais das vítimas, a Vale não teria cumprido com as obrigações estabelecidas no Termo de Compromisso firmado com o MPMG, o que motivou a entrada com o processo na Justiça. Eles alegam que a tragédia deixou centenas de famílias desamparadas, sem condições de se restabelecerem e prejudicou a qualidade de vida das pessoas da região.

Além das questões financeiras e de assistência social, o processo movido pelos atingidos de Brumadinho também cobra a responsabilização dos envolvidos no desastre, bem como a aplicação de medidas mais efetivas para evitar a ocorrência de novas tragédias semelhantes no futuro. A ação judicial busca garantir que a Vale e demais empresas do setor adotem práticas mais seguras e ambientalmente corretas em suas operações.

Ao longo dos últimos anos, o rompimento da barragem em Brumadinho tem sido alvo de diversas críticas e questionamentos em relação à responsabilidade das empresas envolvidas e à efetividade das medidas compensatórias para as vítimas e para o meio ambiente. A expectativa é que o processo movido pelos atingidos resulte em avanços significativos na reparação dos danos causados e na prevenção de novas tragédias no setor de mineração no país.

Com informações da EBC
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