Postado ao lado de Benjamin Netanyahu durante encontro nessa terça-feira na Casa Banca, o presidente Donald Trump proclamou que os Estados Unidos vão tomar a Faixa de Gaza. “Vamos ser donos e responsáveis por desarmar todas as perigosas bombas e outras armas no local”.
Trump disse mais: “Eu vejo uma posição de propriedade de longo prazo. Todos com quem conversei adoram a ideia de os Estados Unidos possuírem aquele pedaço de terra. Ali não é lugar para palestinos morar, porque é um lugar destruído, devastado, onde não tem nada. Os palestinos só têm a opção de sair de lá e irem para outrros países”.
Estas, entre outras, foram espressões manifestadas pelo presidente norte-amerciano, ditas ao lado exatamente daquele que comandou o exterminínio de palestinos na Faixa de Gaza ao longo desses 16 meses de guerra cruel liderada por Israel com apoio logístico, político, armanentista, financeiro, dos Estados Unidos.
As infames declarações e intenções de Trump, e a revelação de que na Faixa de Gaza não sobrou nada, “é um pedaço de terra destruído, devastado”, foram proferidas na presença viva de Netanyahu ao seu lado, que certamente agradecia numa espécie de aplauso silencioso.
Agora com as terras devastadas, Gaza, conforme afirma Trump, “é um símbolo de morte e destruição, tão ruim para a população que vive ali. Muita falta de sorte daquele lugar. Não deveria ocorrer um processo de reconstrução pelas mesmas pessoas que estão lá. Essas pessoas devem ir para outros países com interesse em questões humanitárias”.
O que ele diz é de uma sordidez estúpida, de uma torpeza e desumanidade sem qualquer parâmetro, por que não foram os palestinos que promoveram sua autodestruição. Daí, as reações imediatas de repúdio que ocorrem desde ontem em todo o mundo, que classificando publicamente Trump como insano, racista, criminoso, condenando plenamente seu Plano de tomar a Faixa de Gaza ao seu domínio e propriedade.
O que Trump diz e parece disposto a fazer, tomando para si a Faixa de Gaza, é a essência do que representa a guerra Israel X Palestinos, mas do mesmo modo é a motivação principal de todos os conflitos armados que tomam conta do mundo e fazem milhões e milhões de mortos todos os anos. E sempre foi assim no decorrer da história.
Nunca foi defesa da Democracia ou tentativas de salvar populações injustamente agredidas e vilempiadas nos mais variados espaços territoriais do mundo. E nem mesmo motivadas, de fato, por conflitos e diferenças religiosos, um argumento que os artífices das guerras sempre usam para justificá-las.
Trata-se, verdadeiramente, do interesse econômico, fundado nos negócios que as guerras propiciam (como a venda de armas e munições) e no afã irrefreável de expansão territorial de grandes impérios, como os Estados Unidos, principalmente.
Um interesse expansionista que Trump tem manifestado em outras ocasiões. Interesses revelados quando, por exemplo, refere-se ao desejo de incorporar o Canadá como o 51º Estado norte-americano, fala em tomar o petróleo da Venezuela (que ele diz que pertence aos EUA), ou como acabou de dizer, em referência à guerra UcrâniaXRússia, de que está mesmo interessado nos “minerais de terras raras” existentes em território ucraniano para permanecer com assistência a esse país num momento de cessar-fogo mais duradouro.
Nessas terras raras a que se refere, a Ucrânia tem fortes reservas de lítio, titânio e outros minerais essenciais à indústria e às modernas tecnologias norte-amercianos.
Parece que foi necessário ter um Trump estampado na fotografia do mundo para que, diante de toda a sua sincera estupidez, suas falas aparentemente alucinadas, os governantes e lideranças mundiais tenham a compreensão exata de que todas as guerras decorrem e se materializam por simples interesse econômico e pela intenção imortal dos supremacistas em colocar suas garras sobre outros países e, assim, verem aumentados seus territórios e seu poder sobre os outros.
Por José Osmando