O clube de leitura feminista “Fogueira de Lilith” encerrou o primeiro ciclo do projeto de forma grandiosa. Após uma série de encontros ao longo do ano para discutir a questão da discriminação contra as mulheres na sociedade capitalista, o clube de leitoras celebrou esse marco com o sarau “Atravessando a Fogueira”.
O evento, aberto ao público, foi realizado no pátio do Museu Théo Brandão e contou com uma variedade de atividades culturais. A programação incluiu performances artísticas, debates, exposições, música e muito mais. O projeto foi uma parceria entre o Museu Théo Brandão, a Faculdade de Serviço Social (FSSO) e a Escola Técnica de Artes (ETA).
A abertura do evento ocorreu às 16h30, seguida pela performance de dança “Que tipo de narrativas a sua dança revela?”, apresentada por Ana Clara Oliveira, uma renomada dançarina, pesquisadora e docente do Curso de Dança da ETA/Ufal. A performance, com duração de 15 minutos, buscou explorar as memórias e histórias da pluralidade da mulher nos dias atuais, provocando reflexões sobre questões sociais como o colonialismo, racismo e patriarcado.
Em seguida, o Coletivo Sycorax liderou um debate sobre “Mulheres e caça às bruxas”, que abordou o estigma associado à figura da bruxa, historicamente utilizada para reprimir mulheres que desafiavam as normas da sociedade. Além disso, o evento contou com a participação do “Papel no Varal”, uma atividade que apresentou cem poemas de autoras de diversas épocas e lugares, estimulando a reflexão sobre a diversidade de vivências femininas.
A programação também incluiu homenagens à cantora Rita Lee, exposição de obras de artistas locais e, para encerrar a noite, uma discotecagem de vinil com a DJ Fernanda Fassanaro. A exposição intitulada “A luta contra o corpo rebelde: silenciamento e insurgência” trouxe uma reflexão profunda sobre a violência e opressão enfrentadas pelas mulheres ao longo da história.
Em meio a todas as atividades, o sarau “Atravessando a Fogueira” representou o culminar da primeira edição do projeto. Para muitas participantes, a experiência proporcionada pelo clube de leitura reforçou a importância de criar espaços femininos de escuta, discussão e empoderamento. A troca de experiências e a identificação com outras mulheres de trajetórias distintas foram aspectos enriquecedores dessa jornada.
O evento foi um marco significativo na busca por igualdade, justiça e reconhecimento das mulheres na sociedade contemporânea. Com uma programação diversificada e enriquecedora, o sarau “Atravessando a Fogueira” deixou um legado de reflexão e inspiração para todos os presentes.
Com informações e fotos da UFAL
