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Erro diplomático com Guaidó não deve se repetir, afirma Mauro Vieira sobre relação Brasil-Venezuela

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Em uma sessão da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional realizada nesta quarta-feira, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, abordou as recentes tensões entre Brasil e Venezuela, reiterando que estas diferenças não justificam uma ruptura nas relações diplomáticas entre os dois países. Vieira destacou que a Venezuela compartilha uma extensa fronteira com o Brasil em uma região de importância estratégica, a Amazônia, além de deter a maior reserva de petróleo do mundo. Ele também sublinhou a presença significativa de cidadãos brasileiros no país vizinho, reforçando a necessidade de um diálogo contínuo.

O contexto das tensões envolve a resistência do Brasil em reconhecer os resultados das últimas eleições presidenciais na Venezuela que reelegeram Nicolás Maduro, e a oposição à inclusão do país no grupo econômico Brics, composto originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O presidente da comissão, deputado Lucas Redecker, fez questionamentos incisivos ao ministro sobre o caminho que o Brasil pretende seguir após a saída do embaixador venezuelano de Brasília, um pedido que surgiu em meio a postagens acusatórias ao presidente Lula, feitas por membros da segurança venezuelana.

Vieira acredita que a retirada do embaixador é uma medida temporária e frisa a posição do assessor presidencial Celso Amorim, enfatizando que o Brasil se relaciona com Estados, e não com governos isolados. Ele é enfático ao afirmar que uma solução para a crise venezuelana deve ser encontrada pelos venezuelanos, sem interferências externas que impliquem sanções ou isolamento, práticas que, segundo ele, já se mostraram ineficazes no passado, aludindo ao episódio da autoproclamação de Juan Guaidó.

Entre as críticas recebidas durante a sessão, o deputado Eduardo Bolsonaro qualificou as recentes eleições na Venezuela como “roubadas” e alertou para as implicações diplomáticas que o Brasil pode enfrentar, especialmente em um cenário de eleição de Donald Trump nos EUA. Bolsonaro mencionou preocupações sobre as relações com o Irã, evocando eventos passados envolvendo navios iranianos autorizados ainda sob o governo de Jair Bolsonaro, e reiterou a longevidade das relações entre Brasil e Irã.

Além disso, Vieira se posicionou sobre o prolongado conflito entre Israel e Palestina, classificando como desproporcional a resposta militar israelense aos ataques, e alertando para sinais de genocídio contra os palestinos, corroborados por uma decisão preliminar da Corte Internacional de Justiça. Ele revelou números alarmantes de vítimas: 42 mil mortos em Gaza e cerca de 3.200 no Líbano, incluindo três cidadãos brasileiros, e destacou as operações de resgate da Força Aérea Brasileira que já repatriaram mais de 2.100 brasileiros do Líbano.

Nesta narrativa complexa de tensões diplomáticas e desdobramentos humanitários, o Brasil continua buscando um equilíbrio delicado nas suas relações internacionais, mantendo diálogo aberto e soluções pacíficas como prioridades.

Com informações e fotos da Câmara dos Deputados

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