Nesta sexta-feira, 8 de novembro de 2024, a equipe do Instituto de Criminalística de Maceió retoma as investigações no local da trágica explosão que abalou o bairro Cidade Universitária. O objetivo é aprofundar a perícia, buscando identificar com precisão o epicentro da explosão e entender a sua dinâmica. O perito criminal Gerard Deokaran, reconhecido por sua especialização em explosivos, ressaltou a importância desta nova fase do trabalho pericial, que deve subsidiar as investigações com dados cruciais sobre o evento.
Na primeira fase da perícia, diversos vestígios foram captados e coletados, incluindo duas amostras de gás localizadas na área do epicentro, além de quatro amostras oriundas dos botijões encontrados na cena do acidente. O perito também mencionou a coleta de vestígios biológicos, que são fundamentais para entender o posicionamento das vítimas no momento da explosão. Infelizmente, todas as vítimas identificadas estavam dentro da área afetada pela onda de choque gerada pelo detonação.
Durante a investigação, foram coletados cinco botijões grandes e seis menores, além de seis mangueiras e uma válvula, todos elementos que serão submetidos a exames detalhados. A continuação do trabalho de campo inclui a análise das crateras no solo, que ajudarão na reconstituição do ocorrido, bem como a possibilidade de encontrar mais botijões nos escombros remanescentes.
“O trabalho da Polícia Científica teve início nas primeiras horas da manhã, após o acionamento dos responsáveis pela emergência”, destacou Charles Mariano, chefe do Instituto de Criminalística. Ele explicou que, inicialmente, foi imprescindível o resgate de sobreviventes e a remoção dos corpos, seguido de uma varredura para detectar materiais explosivos, a qual incluiu o uso de um cão farejador do Bope.
Com a confirmação de que não havia mais riscos de novas explosões, as equipes, juntamente com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, puderam avançar na remoção dos escombros e na coleta de dados. A tecnologia também teve um papel importante durante a perícia: drones e escaneamento 3D foram utilizados para mapear a área, oferecendo uma visão detalhada do que ocorreu.
As vítimas fatais do incidente foram oficialmente identificadas como Gilvan da Silva, 57 anos, Wesley Lopes da Silva, 36 anos, e Tharlysson Felipe da Silva Ferreira, de apenas 10 anos. Após os procedimentos de necropsia realizados no Instituto Médico Legal Estácio de Lima, os corpos foram liberados para os respectivos sepultamentos, marcando um momento de luto para a comunidade local. A conclusão dos exames periciais deve ser entregue em até dez dias, permitindo que as autoridades tenham um entendimento claro das causas do incidente.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas











