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Projeto de Lei propõe criminalizar discriminação em ajuda durante calamidades públicas

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No cenário recente das discussões legislativas brasileiras, surge uma nova proposta que coloca a equidade e justiça social em foco nas situações de calamidade pública. Em meio a debates acirrados, o Projeto de Lei 2835/24 emerge como uma proposta audaciosa para criminalizar a discriminação no contexto da prestação de assistência em tempos de emergências. Inspirado pela necessidade de assegurar tratamento igualitário para todos os cidadãos, o deputado José Medeiros, do PL-MT, trouxe à tona essa iniciativa que já se encontra sob análise na Câmara dos Deputados.

O cerne do projeto é claro: qualquer forma de discriminação na oferta de auxílio durante calamidades locais será considerada um crime, passível de detenção de um a três meses ou aplicação de multa. A inspiração para tal medida, conforme destaca Medeiros, deriva de episódios recentes ocorridos no Rio Grande do Sul, onde o socorro aos atingidos pelas enchentes teria favorecido grupos específicos sem justificativa técnica suficiente. “Todos os necessitados devem receber o mesmo tratamento, independente de cor, credo, raça ou qualquer outro critério que não se relacione à necessidade urgente de assistência médica ou à vulnerabilidade individual”, reforça o parlamentar.

As consequências da má distribuição de ajuda em situações críticas podem ser devastadoras. Medeiros alerta que isso pode aumentar ainda mais a vulnerabilidade de certos grupos populacionais, prolongando desigualdades e violando direitos fundamentais. Portanto, o projeto estipula claramente que sua aplicação não impede a priorização de auxílios que estejam de acordo com decretos formalmente reconhecidos de calamidade pública. “Essas situações precisam ser governadas por critérios técnicos e objetivos”, reforça Medeiros, destacando a importância de um sistema justo e equânime.

Para tornar-se uma legislação efetiva, o projeto ainda enfrentará uma série de etapas no processo legislativo. Primeiramente, a proposta será submetida à análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Caso seja aprovada nessa instância, o próximo passo é a votação no Plenário da Câmara. O caminho até sua sanção não para por aí; uma vez aprovada pelos deputados, a proposta seguirá para apreciação no Senado.

Esta movimentação na Câmara reflete uma crescente preocupação com a equidade na distribuição de recursos e assistência, buscando proteger comunidades em situações de vulnerabilidade de desequilíbrios que possam ser exacerbados em momentos de crise. A discussão e análise cuidadosa desse projeto poderão, se aprovado, trazer um novo capítulo na forma como o Brasil lida com as desigualdades em situações emergenciais, ajustando leis que prezam pela humanização e igualdade de tratamento.

Com informações e fotos da Câmara dos Deputados

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