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Com juros altos no Brasil, ministro vai buscar investidores estrangeiros para concessões

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Diante de uma realidade desanimadora no cenário interno para atração de investimentos locais, em face das elevadas taxas de juros Selic, hoje em 10.75% ao ano, o ministro dos Transportes do Brasil, Renan Filho, realiza neste momento uma incursão pelos mais importantes países da Europa, na busca de atrair grandes investidores interessados em disputar ou financiar concessões de rodovias que estão sendo leiloadas no país. Junto com ele está o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho.

O ministro Renan Filho já passou pela Espanha no primeiro dia de atuação, onde tratou dos projetos de rodovias com o vice-presidente de financiamento global do Banco Santander, Rafael Noya, e outros agentes financeiros liderados pelo grupo IG4 Capital, acolhendo boa receptividade por parte dos  espanhóis. Nesta quarta-feira, os dois ministros brasieiros estarão no Reino Unido para encontro com interlocutores do mercado, entre os quais estão o J.P.Morgan e o BlackRock. Em Madrid, Renan Filho e Sílvio Costa Filho participaram do Ibero-América GRI Infra & Energy.

Renan citou numa vídeo conferência a partir da capital espanhola, que em Londres existem duas demandas importantes com o J.P.Morgan e outra com o BlackRock, que são dois dos maiores investidores do planeta e que têm demonstrado grande interesse na carteira brasileira de concessões.

O ministro lamenta que a taxa Selic na altura  em que está,  torna muito difícil atrair investidores brasileiros, que têm a natural compreensão de que é melhor não arriscar o seu dinheiro nos projetos domésticos. Enquanto isso ocorre, como Renan diz estar verificando, o mundo olha para o Brasil, porque nos seus países não existem taxas de juros nesses patamares absurdamente altos, com maior possibilidade de ganho, e lá também não existem projetos de infraestrutura de longo prazo com a rentabiliade que os brasileiros oferecem.

Além de ofertar taxas de rentabilidade atraentes aos investidores internacionais, o Brasil tem como atrativo marcante, encorajador a esses empreendedores mundiais, o fato de que o país vive um bom momento econômico, referendado por organismos internacionais importantes, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), que acaba de elevar a projeção do PIB brasileiro deste ano,  de 2,1% para 3%, a maior projeção entre os países emergentes do planeta.

Basta lembrar que o Brasil vem numa trajetória ascendente, evoluindo a cada verificação. Largou da 12ª posição na economia mundial, no início do terceiro Governo Lula, e está próximo da oitva posição, em menos de dois anos de gestão, com todos os indicadores econômicos positivos em ascenção, inflação controlada, dentro das metas, queda do desemprego, aumento da renda, elevação do consumo. 

Uma ideia notável desse cenário é que a indústria brasileira, que vinha estagnada há cerca de seis anos, voltou a crescer e a se modernizar, conquistando nesta semana um pulo de 30 posições de crescimento no ranking de 116 países avaliados. Saiu do 70º posto para a 40ª posição entre 2023 e 2024, tendo a queda dos juros aplicada pelo Copom, do BC,  nesse período, em 3 pontos percentuais, sido um dos principais ingredientes desse crescimento. Isso comprova que juros mais baixos fazem a economia melhorar e, portanto, melhorar a vida de todos os brasileiros.

Esse cenário é um importante componente de atração de capital estrangeiro, o que explica o fato de que o programa de concessões atualmente em vigor vive fase marcada por forte participação dos fundos de investimentos. A primeira onda foi puxada pelas construtoras, depois foram as próprias concessionárias e agora vê-se a presença expressiva dos  fundos.

Renan Filho afirma que até o final do presente mandato de Lula, em 2026, o Ministério dos Transportes deverá realizar 35 leilões de rodovias, com investimentos de R$ 130 bilhões. Há ainda a expectativa de que a “otimização” de outros contratos, que têm a finalidade de solucionar desequilíbrio contratual verificados em 14 concessões, possa acrescer a esses investimentos, pelo menos mais R$ 110 bilhões.

Por José Osmando

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