Nesta semana, a Câmara dos Deputados deu início a uma série de iniciativas voltadas para a conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama, tema central do movimento conhecido como “Outubro Rosa”. Uma das atividades de destaque foi a abertura da exposição fotográfica “Mulheres e Niemeyer”, acompanhada pela projeção de informações vitais sobre a enfermidade no Congresso Nacional.
A campanha, que acontece anualmente desde a década de 1990, busca disseminar informações cruciais e sensibilizar a população sobre a importância da detecção precoce do câncer de mama. Identificar a doença em estágios iniciais pode significativamente aumentar as chances de sucesso no tratamento e reduzir a taxa de mortalidade. De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, o câncer de mama é responsável por cerca de 28% dos casos novos de câncer entre mulheres no Brasil, posicionado como o segundo tipo mais comum, com incidência de aproximadamente 10,5%, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) de 2023.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) destacou o empenho da bancada feminina em aprimorar o acompanhamento das mulheres diagnosticadas, reduzindo o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento. “Diagnósticos precoces são essenciais e devem ser seguidos por tratamento imediato, pois isso aumenta significativamente as chances de recuperação das pacientes”, afirmou. Kokay também alertou que falhas no atendimento à saúde podem agravar drasticamente a progressão da doença.
Durante a inauguração da exposição, que apresenta mulheres que enfrentaram o câncer de mama e encontraram uma nova perspectiva de vida, o deputado Weliton Prado (Solidariedade-MG), presidente da Comissão Especial sobre o Combate ao Câncer no Brasil, reforçou a importância do tratamento ágil e do diagnóstico precoce. “Sabemos que atrasos de até um ano podem ocorrer antes do início do tratamento, e que a cada 60 dias de atraso, o risco de morte aumenta em 13%. Assim, é imprescindível que essas etapas sejam rápidas”, comentou Prado.
Simultaneamente, um evento discutiu estratégias de controle do câncer de colo de útero e de mama, como parte da programação do Outubro Rosa. A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, deputada Ana Pimentel (PT-MG), enfatizou a necessidade de mobilização política em torno dessas questões femininas. Pimentel ressaltou que, embora exista um arcabouço legislativo adequado, falta comprometimento para sua execução eficaz.
A procuradora da mulher, deputada Soraya Santos (PL-RJ), também destacou a importância da implementação das leis, questionando por que não estão sendo cumpridas, e convocou a sociedade a realizar exames e denunciar qualquer negligência. Por sua vez, a coordenadora dos direitos das mulheres, deputada Benedita da Silva (PT-RJ), salientou que o aumento de recursos orçamentários poderia facilitar o avanço dos tratamentos preventivos. Ela ressaltou que é crucial que a Câmara dos Deputados assegure mais fundos para as comissões e secretarias dedicadas à saúde e prevenção do câncer, garantindo que emendas orçamentárias sejam direcionadas corretamente.
Com informações e fotos da Câmara dos Deputados