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Kim Kataguiri propõe anulação total de dias de pena remidos por falta grave

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Em um contexto de discussão e análise legislativa, a Câmara dos Deputados está atualmente debatendo o Projeto de Lei 2616/24, uma proposta ousada e polêmica encabeçada pelo deputado Kim Kataguiri (União-SP). Esta iniciativa busca modificar a Lei de Execução Penal, inicialmente estabelecida em 1984, para permitir que um juiz possa anular completamente o tempo de pena reduzido de um detento devido a atividades de trabalho ou estudo caso ele cometa uma falta grave enquanto cumpre sua sentença.

Historicamente, a Lei de Execução Penal (LEP) permitia que aqueles que cumpriam penas em regime fechado ou semiaberto pudessem reduzir suas penas em um dia a cada três dias de trabalho ou estudo comprovados. Essa legislação de incentivo à reabilitação e ao bom comportamento dos detentos foi posteriormente complementada pela Lei 12.433/11, que introduziu a possibilidade de redução desse benefício em até um terço em casos de faltas graves.

No entanto, o deputado Kim Kataguiri argumenta que essa limitação não condiz com a gravidade de alguns atos que ocorrem dentro do ambiente prisional. Como ele exemplifica, a prática de um crime grave como um homicídio qualificado dentro do presídio não resulta na perda total dos dias de pena remidos, o que considera desproporcional em relação à seriedade do delito. “Discordamos vigorosamente dessa restrição”, afirma Kataguiri, destacando a necessidade de uma resposta legal mais robusta e proporcional aos crimes graves cometidos por presos.

O caminho legislativo para a transformação desse projeto de lei em norma efetiva envolve várias etapas. Inicialmente, a proposta passará pelo crivo das comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, além da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Esta fase é crucial para avaliação técnica e principiológica da proposta, visando garantir que ela esteja alinhada com os princípios constitucionais e políticos de direitos humanos do Brasil. Somente após essa análise, o projeto seguirá para deliberação no Plenário da Câmara dos Deputados.

Se aprovado nesse estágio, o texto ainda necessitará de aprovação pelo Senado para finalmente ser sancionado e entrar em vigor como lei. Até lá, permanece o debate sobre o equilíbrio entre punição justa e a reintegração social no sistema penal brasileiro. Esta proposta reflete um movimento legislativo que busca ajustar as respostas penais ao contexto contemporâneo, onde a segurança pública e a justiça social continuam sendo debates centrais.

Com informações e fotos da Câmara dos Deputados

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