O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou uma medida significativa voltada para a promoção da igualdade de gênero no esporte olímpico, que entrará em vigor a partir de 2025. Essa nova diretriz estabelece que todas as modalidades esportivas devem obrigatoriamente incluir, no mínimo, 30% de oficiais mulheres em suas delegações em competições multiesportivas internacionais. Essa exigência passará a ser aplicada em eventos futuros de grande relevância, como os Jogos Sul-americanos da Juventude, que acontecerão na Argentina, e os Jogos Pan-americanos Júnior, programados para ocorrer no Paraguai. A decisão do COB vai ao encontro das recomendações de entidades esportivas internacionais de destaque, incluindo a Agenda 2020+5 do Comitê Olímpico Internacional (COI), que enfatiza a importância da igualdade de gênero no esporte, enquanto também incentiva a participação das mulheres de diversas formas no cenário esportivo global.
É importante destacar que essa regra de 30% de presença feminina será aplicada apenas às confederações que tiverem, no mínimo, três credenciais destinadas a oficiais em cada competição internacional. Essa prerrogativa não apenas alinha o Brasil às práticas internacionais, mas também reflete a tendência crescente de inclusão e diversidade nas estruturas esportivas. Nos últimos anos, o COB tem se comprometido com a promoção de mais oportunidades para as mulheres em todos os níveis do esporte. A criação da área Mulher no Esporte, em 2021, foi um marco decisivo nessa direção. Diversos projetos foram lançados para fomentar o crescimento e o desenvolvimento de atletas, treinadoras e gestoras, proporcionando chances concretas de aprimoramento e ascensão no ambiente esportivo.
Um exemplo notável desses esforços é o Programa de Desenvolvimento do Esporte Feminino (PDEF), iniciado em 2023. O principal objetivo do programa é encorajar as confederações a implementarem planejamentos esportivos específicos que contemplem a participação feminina. Esse projeto busca efetuar mudanças sistêmicas, como aumentar o número de mulheres em cargos de liderança, o que inclui dirigentes e técnicas. Complementarmente, o Programa Mentoria Individualizada Reflexão e Ação (MIRA) foi lançado em uma tentativa de impulsionar o aumento do número de treinadoras, especialmente em eventos de grande envergadura, como os Jogos Olímpicos.
Essas iniciativas são parte de um planejamento estratégico que visa promover a inclusão e reconhecimento das mulheres em todos os aspectos do esporte, com efeitos esperados no curto, médio e longo prazos. Um progresso significativo nesse sentido foi registrado na delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, onde, pela primeira vez na história, a presença feminina superou a masculina, com 55% de participação. Além disso, as atletas se destacaram nos resultados, conquistando 12 das 20 medalhas obtidas pelo Brasil, incluindo três de ouro. Essas conquistas não só demonstram o acerto das políticas de inclusão do COB, mas também sublinham a capacidade e determinação das mulheres em alcançar resultados excepcionais.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
Legenda Foto: COBCOB estabelece número mínimo obrigatório de oficiais mulheres nas modalidades em Jogos internacionais A partir de 2025, confederações deverão ter pelo menos 30% de presença feminina nas delegações em competições multiesportivasPrimeiro encontro presencial de treinadoras no programa MIRA. Foto: William Lucas/COBTagsMulher no EsporteNavegue por tópicosO Comitê Olímpico do Brasil (COB) dará mais um importante passo na busca pela equidade de gênero no esporte olímpico. A partir de 2025, todas as modalidades deverão ter obrigatoriamente um mínimo de 30% de oficiais mulheres em sua delegação nas competições multiesportivas internacionais.A medida já passa a valer nas principais missões confirmadas do próximo ano, como os Jogos Sul-americanos da Juventude, na Argentina, e os Jogos Pan-americanos Júnior, no Paraguai.Além de ser mais uma ação do COB para a equidade de gênero no esporte (confira mais abaixo), a decisão também segue a recomendação de órgão internacionais, como a Agenda 2020+5 do Comitê Olímpico Internacional (COI), que trata do incentivo à igualdade de gênero no esporte e estímulo à participação e envolvimento das mulheres no esporte, entre outros.Vale ressaltar que a obrigatoriedade de 30% de presença feminina só valerá para as confederações que tiverem pelo menos três credenciais para oficiais em cada competição.Nos últimos anos, o COB tem realizado diversas ações e programas na busca para mais oportunidades às mulheres no ambiente esportivo. A implementação da área Mulher no Esporte, em 2021, foi um grande marco nesse sentido. Desde então, são vários os projetos que geram mais chances de aprimoramento de atletas, treinadoras e gestoras.Área Mulher no Esporte tem realizado diversas ações desde 2021. Foto: William Lucas/COBUm dos principais exemplos é o Programa de Desenvolvimento do Esporte Feminino (PDEF), criado em 2023, que visa incentivar as confederações a realizarem um planejamento esportivo específico para mulheres no esporte. Um dos objetivos principais é atuar em mudanças sistêmicas, como o aumento de mulheres em cargo de liderança.Outro importante ação foi o lançamento do Programa Mentoria Individualizada Reflexão e Ação (MIRA), com a intenção de aumentar o número de treinadoras no esporte, sobretudo nas grandes competições, como os Jogos Olímpicos.Todas essas são ações importantes, a curto, médio e longo prazo, promovem uma cultura de inclusão e de reconhecimento da mulher em todos os âmbitos esportivos.Mais um grande avanço nesse sentido foi a presença feminina na delegação nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Pela primeira vez na história, o Brasil teve mais mulheres do que homens na delegação, com 55% das atletas presentes. Nos resultados elas também brilharam, conquistando mais medalhas, com 12 das 20 obtidas pelo país, entre elas as três de ouro. TagsMulher no Esporte