Nos últimos seis anos, o cenário da Justiça Eleitoral brasileira passou por uma significativa modernização, principalmente com o lançamento do e-Título, um aplicativo que digitaliza o tradicional título de eleitor impresso. Disponível para download em todas as plataformas, o e-Título pode ser utilizado tanto em celulares quanto em tablets, oferecendo aos eleitores uma série de funcionalidades que facilitam a participação no processo eleitoral.

A principal vantagem do e-Título é a rapidez no acesso a informações essenciais, como o local de votação. Além disso, os eleitores que fizeram o cadastramento biométrico (que inclui impressões digitais, fotografia e assinatura) têm a foto incluída em sua versão digital do título. Essa característica facilita a identificação na seção eleitoral, tornando desnecessário o porte de documentos adicionais com foto. No entanto, para aqueles que ainda não realizaram o cadastro biométrico, é imprescindível apresentar um documento oficial com foto ao mesário no dia da eleição.

Além do e-Título, a Justiça Eleitoral disponibiliza diversos outros aplicativos com funcionalidades específicas que complementam o processo eleitoral. Por exemplo, o aplicativo Resultados permite aos cidadãos acompanhar em tempo real a apuração dos votos. Já o Boletim na Mão oferece uma cópia digital dos boletins de urna, garantindo maior transparência na divulgação dos resultados.

Para os mesários, foi desenvolvido um aplicativo específico que facilita o treinamento e oferece suporte tanto antes quanto durante o pleito eleitoral. Outro aplicativo importante é o Pardal, que possibilita aos cidadãos o envio de denúncias sobre práticas irregulares ou ilegais no âmbito eleitoral. Essa ferramenta tem se mostrado crucial no combate à propaganda eleitoral irregular.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até o dia 11 de setembro, o Pardal registrou mais de 34.200 denúncias relacionadas a irregularidades na propaganda eleitoral durante a campanha das Eleições Municipais de 2024. São Paulo destaca-se como o estado com o maior número de denúncias, totalizando 6.702, seguido por Minas Gerais, com 4.145 registros. Em contraste, estados como Roraima e Amapá apresentaram os menores números de reclamações, com apenas 23 e 48 denúncias, respectivamente.

Essas ferramentas digitais são parte de um esforço contínuo da Justiça Eleitoral para promover uma maior transparência e eficiência no processo eleitoral brasileiro, assim como para fomentar a participação cidadã e assegurar a integridade das eleições. A inovação tecnológica aplicada à democracia brasileira, portanto, não só facilita a vida do eleitor como também contribui para a fiscalização e o aprimoramento das práticas eleitorais no país.

Com informações e fotos da Câmara dos Deputados