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Mulheres ganham 20% menos em 50 mil empresas; negras recebem metade dos salários.

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No Brasil, a diferença salarial entre homens e mulheres ainda é um problema persistente, revela o 2° Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios divulgado pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego. De acordo com o relatório, as trabalhadoras mulheres ganham, em média, 20,7% menos do que os homens em mais de 50 mil empresas com 100 ou mais empregados.

Essa desigualdade salarial se acentua ainda mais no caso das trabalhadoras negras, que recebem apenas metade do salário dos homens não negros. Os dados analisados consideram informações apresentadas pelos empregadores na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023. Comparando com o relatório anterior, divulgado em março do mesmo ano, a diferença salarial entre homens e mulheres aumentou, passando de 19,4% para 20,7%.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ressaltou que a igualdade salarial de gênero é uma prioridade do atual governo federal e é um tema em destaque também no cenário internacional, sendo discutido, por exemplo, no G20 e na ONU. Ela destacou que apesar de as mulheres representarem grande parte dos chefes de família no Brasil, ganham significativamente menos do que os homens pelo mesmo trabalho.

Outro ponto relevante apontado pelo relatório é a disparidade salarial em cargos de direção e gerência, onde as mulheres ganham 27% menos que os homens. Para profissionais em nível superior, essa diferença chega a 31,2%. Além disso, o estudo revelou que as mulheres negras são as mais prejudicadas, recebendo apenas metade do salário dos homens não negros.

O relatório também trouxe outras informações sobre as políticas adotadas pelas empresas em relação à igualdade de gênero, como a presença de mulheres em cargos de liderança, políticas de incentivo à contratação de mulheres negras, planos de cargos e salários, metas de produção e benefícios como auxílio creche e licenças paternidade/maternidade estendidas.

Diante desse cenário, é evidente a necessidade de políticas e ações concretas para promover a igualdade salarial entre homens e mulheres, garantindo que as mulheres sejam valorizadas e remuneradas de forma justa por seu trabalho. A luta pela igualdade de gênero no mercado de trabalho é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todas e todos.

Com informações da EBC
Fotos: © Marcelo Camargo/Agência Brasil / EBC

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