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Redução da taxa de jovens ‘nem-nem’ na OCDE e no Brasil mostra tendência positiva

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Os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) vêm apresentando uma redução no número de jovens que se encontram na situação conhecida como “nem-nem”, ou seja, jovens que não trabalham, não estudam e não seguem em formação. Essa tendência também tem se manifestado no Brasil, que segue o mesmo padrão observado nos demais países membros da organização.

De acordo com o relatório internacional Education at a Glance (EaG) 2024, divulgado recentemente pela OCDE, as mulheres têm demonstrado um maior nível de formação educacional em comparação com os homens, porém as disparidades de gênero ainda persistem nos mercados de trabalho. Os homens tendem a estar mais empregados e a receber salários superiores em relação às mulheres. Essa realidade é semelhante no Brasil.

Os indicadores apresentados pelo estudo revelam que a redução do percentual de jovens que se encontram na situação de “nem-nem” está relacionada a mercados de trabalho mais robustos e a um aumento na participação na educação. Esse cenário tem contribuído para a diminuição da taxa média de jovens entre 18 e 24 anos nessa condição na maioria dos países da OCDE, que passou de 15,8% em 2016 para 13,8% em 2023. No Brasil, apesar de uma taxa superior, também houve uma redução, passando de 29,4% para 24% no mesmo período.

Além disso, o relatório evidencia que houve uma redução significativa no número de jovens adultos sem o ensino médio completo, o que tem sido uma prioridade em muitos países. Essa diminuição é vista como fundamental, uma vez que as pessoas sem essa qualificação enfrentam maiores dificuldades de inserção social e no mercado de trabalho ao longo de suas vidas.

No Brasil, também foi observada uma redução nesse cenário, com uma diminuição de 8 pontos percentuais no percentual de pessoas de 25 a 34 anos sem o ensino médio completo, entre 2016 e 2023. No entanto, a porcentagem de jovens nessa condição ainda está acima da média da OCDE, permanecendo em 27%.

Por outro lado, as questões de desigualdade de gênero também são evidenciadas no relatório. Embora as mulheres apresentem melhores desempenhos educacionais do que os homens, essa superioridade não se reflete no mercado de trabalho. As mulheres jovens, em sua maioria, têm menor probabilidade de estar empregadas do que os homens, sendo que essa disparidade se acentua conforme aumenta o nível de formação.

No Brasil, a diferença salarial entre homens e mulheres também é destacada, apresentando uma disparidade significativa. Enquanto as mulheres jovens com qualificação superior ganham em média 75% do salário dos homens, esse percentual é ainda menor do que a média apresentada pela OCDE, que é de 83%. Esses dados evidenciam a persistência de desigualdades de gênero no mercado de trabalho, que necessitam de políticas e ações específicas para serem enfrentadas.

O Brasil, que participa do Education at a Glance desde a sua primeira edição em 1997, tem a oportunidade de avaliar e comparar seu sistema educacional com os demais países da OCDE, visando identificar boas práticas e áreas de melhoria. A desigualdade de gênero e o desafio de reduzir o percentual de jovens que não concluíram o ensino médio são algumas das questões que requerem atenção e investimento por parte das autoridades educacionais e governamentais no país.

Com informações da EBC
Fotos:

© Arquivo Agência Brasil

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