As autoridades sanitárias argentinas colocaram em quarentena um navio com bandeira da Libéria que partiu de Santos, no Brasil, após um dos tripulantes apresentar sintomas suspeitos de mpox. De acordo com o Ministério da Saúde da Argentina, o tripulante em questão, de nacionalidade hindu, apresenta lesões cutâneas no tronco e no rosto e foi isolado do restante da equipe a bordo.
O Ministério da Saúde argentino ativou um protocolo de emergência em saúde pública de importância internacional e solicitou um controle sanitário completo para toda a tripulação do navio. Amostras das lesões serão colhidas de acordo com as diretrizes da vigilância epidemiológica. O navio tem como destino o Porto San Lorenzo, em Santa Fé, e permanecerá ancorado durante o período de quarentena, no qual apenas equipes sanitárias poderão embarcar na embarcação.
As equipes da Vigilância Sanitária de Fronteira realizarão inspeções na embarcação seguindo as medidas de proteção adequadas, e toda a tripulação será mantida em quarentena até que os resultados dos exames sejam divulgados. A Argentina não registrou nenhum caso da nova variante da mpox identificada em países africanos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência em saúde pública de importância internacional devido ao cenário de mpox na África, alegando risco de disseminação global e uma potencial nova pandemia. Um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) também foi instalado no Brasil para coordenar as ações de resposta à mpox no país.
Desde a primeira emergência global decretada em 2022, a vigilância para a mpox tem sido uma prioridade para o Ministério da Saúde brasileiro. Até o momento, foram notificados 709 casos confirmados ou prováveis de mpox em 2024, um número muito menor comparado aos mais de 10 mil casos notificados em 2022. O ministério já iniciou a atualização das recomendações e do plano de contingência para a doença no Brasil. Além disso, foram registrados 16 óbitos desde 2022, sendo o mais recente em abril de 2023.
Com informações da EBC
Fotos: © Débora F. Barreto-Vieira/IOC/Fiocruz / EBC