Após a confirmação de pelo menos cinco casos da doença mpox no Rio Grande do Sul este ano, a Secretaria de Saúde do estado emitiu um alerta epidemiológico com orientações tanto para os profissionais da saúde quanto para a população em geral. É importante ressaltar que, até o momento, nenhuma dessas infecções está relacionada à nova variante recentemente identificada no continente africano, que tem despertado preocupações e levado à declaração de uma emergência de saúde global.
Segundo a Secretaria de Saúde, a mpox é uma doença de notificação compulsória imediata, o que significa que todos os casos suspeitos devem ser registrados no sistema do Ministério da Saúde num prazo de até 24 horas. Além disso, o diagnóstico laboratorial deve ser feito através da detecção molecular do vírus utilizando a técnica da reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR).
O material recomendado para a coleta inclui amostras de vesículas, crostas ou, na falta desses elementos, swabs da orofaringe/nasofaringe e das regiões perianal e genital. A confirmação dos casos pode ser feita por laboratórios privados, desde que esses laboratórios sigam as exigências estabelecidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Ademais, é essencial que todas as amostras com resultados positivos identificados em laboratórios privados sejam encaminhadas obrigatoriamente para o laboratório central (Lacen-RS) com o intuito de realizar a vigilância genômica. O armazenamento e transporte dessas amostras devem ser coordenados pelas autoridades locais de vigilância epidemiológica.
O Ministério da Saúde instalou recentemente um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar as ações de resposta à mpox em todo o Brasil. A pasta ressaltou que a vigilância da doença tem sido uma prioridade no país desde a primeira emergência declarada em 2023. O Brasil encontra-se no nível 1, o menos alarmante, dentro da classificação feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação à mpox, sem a presença da nova variante e sem casos autóctones esporádicos.
Em suma, as autoridades de saúde no estado do Rio Grande do Sul estão em alerta devido aos casos confirmados de mpox e têm fornecido orientações claras sobre procedimentos de diagnóstico, coleta de amostras e encaminhamento para garantir uma resposta eficaz frente a essa doença. Enquanto isso, em nível nacional, o Ministério da Saúde está adotando medidas preventivas e de monitoramento para controlar a disseminação da mpox e evitar a ocorrência de situações mais críticas.
Com informações da EBC
Fotos: © José Cruz/Agência Brasil / EBC