Ministério da Saúde vai criar Comitê de Emergência para mpox
O Ministério da Saúde pretende instituir um Comitê de Operação de Emergência para adotar medidas que enfrentem a disseminação da doença mpox, que tem sido motivo de preocupação para autoridades internacionais. A declaração partiu da ministra Nísia Trindade, que ressaltou que não há razão para pânico, mas sim para estar em alerta.
Ela afirmou que já no cenário internacional, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a situação da mpox na África como uma emergência em saúde pública de importância global, considerando o risco de disseminação mundial e uma possível nova pandemia. Esse é o mais alto nível de alerta da organização. No entanto, a ministra tranquilizou a população afirmando que não é hora de pânico.
O Comitê de Operação de Emergência envolverá órgãos como o Ministério da Saúde, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e conselhos de secretarias municipais e estaduais de saúde. A ministra destacou que a pasta está acompanhando a situação há aproximadamente duas semanas, desde o início dos primeiros casos da doença, e que já foram realizadas reuniões com especialistas para discutir as medidas que deverão ser tomadas.
Dentre as ações previstas estão a aquisição de testes diagnósticos, orientações para viajantes e atualização do plano de contingência. Em relação às vacinas, por enquanto não está previsto um programa de imunização em massa. No entanto, no ano anterior, a imunização foi feita de forma emergencial com doses liberadas provisoriamente pela Anvisa e também utilizadas para pesquisas científicas.
A avaliação do Ministério da Saúde é que o risco de uma nova onda da doença para o Brasil é atualmente baixo. Os dados do ministério apontam que foram notificados 709 casos de mpox e 16 óbitos em 2024, sendo o mais recente no ano anterior. A nível global, os casos de mpox neste ano ultrapassam os registrados em 2023, somando mais de 14 mil com 524 mortes.
Em maio de 2023, a OMS retirou o status de emergência global da covid-19 e, posteriormente, em julho de 2022 fez o mesmo com a mpox. A doença, de origem viral, é zoonótica e sua transmissão para humanos pode ocorrer através do contato com animais infectados, pessoas contaminadas e materiais contaminados. Os sintomas incluem erupções cutâneas, linfonodos inchados, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza.
Diante desse cenário, o Ministério da Saúde está agindo com cautela, adotando medidas preventivas e preparativas para lidar com a possível disseminação da doença no país. A criação do Comitê de Operação de Emergência é uma das estratégias para controlar a mpox e evitar uma situação de emergência sanitária no Brasil.
Com informações da EBC
Fotos: © Marcelo Camargo/Agência Brasil / EBC