A Câmara dos Deputados anunciou recentemente o edital para o concurso “Pelo Fim da Violência contra a Mulher”, com a proposta de reconhecer e premiar cinco obras audiovisuais que abordam diversos tipos de violência contra mulheres. O concurso, que aceita inscrições de obras produzidas a partir de 2019, engloba temas como violência doméstica, violência política, sexual, patrimonial, moral, obstétrica e psicológica. Cada obra contemplada será premiada com R$ 10 mil pelo licenciamento para exibição por um período de dois anos.
As produções audiovisuais que desejam participar devem ter entre 10 e 30 minutos de duração. Uma obra de cada região do país será selecionada, garantindo uma representatividade regional abrangente. As obras vencedoras serão exibidas pela TV Câmara e outras plataformas de comunicação oficiais da Casa, além de poderem ser utilizadas em atividades institucionais e educativas promovidas pela Secretaria da Mulher por até 24 meses.
O período de inscrição vai até o dia 4 de outubro de 2024 e pode ser feito através de um formulário online. A avaliação das obras será realizada por uma comissão julgadora composta por cinco servidoras das secretarias da Mulher e de Comunicação da Câmara dos Deputados.
O concurso, que teve sua primeira edição em 2012, é uma iniciativa da Secretaria da Mulher da Câmara e envolve a Procuradoria da Mulher, a Coordenadoria dos Direitos da Mulher e o Observatório Nacional da Mulher na Política. Após uma breve pausa, a 9ª edição retoma a parceria com a Secretaria de Comunicação Social da Câmara e a TV Câmara, como ocorreu na estreia do concurso. Inicialmente inspirado pela Lei Maria da Penha, o escopo do concurso foi ampliado neste ano para abranger uma gama mais abrangente de tipos de violência.
A coordenadora-geral dos Direitos da Mulher da Secretaria da Mulher e líder da bancada feminina, deputada Benedita da Silva (PT-RJ), destacou a importância do concurso como ferramenta de incentivo à discussão sobre a violência contra a mulher em diferentes comunidades e grupos sociais. Ela frisou dados alarmantes, como o fato de que uma mulher é assassinada a cada 1h30 no Brasil, muitas vezes consequência da violência doméstica, e que há mais de 50 mil casos de estupro registrados anualmente. “É uma situação que também deve ser combatida no âmbito simbólico e cultural”, acrescentou a deputada.
O secretário de Comunicação Social da Câmara, deputado Jilmar Tatto (PT-SP), ressaltou a importância da liderança da Casa nesse projeto, por contribuir significativamente para fortalecer o debate sobre políticas de prevenção aos diversos tipos de violência contra a mulher. Tatto expressou sua satisfação em participar dessa ação, destacando que o tema, tratado por muito tempo de forma quase privada, deve ser trazido ao centro do debate público para promover reflexões sobre mudanças sociais e culturais que possam reduzir essas incidências.
Para mais detalhes sobre o concurso, os interessados podem acessar a página da Secretaria da Mulher na Câmara dos Deputados.
Com informações e fotos da Câmara dos Deputados












