A Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados promoverá, nesta quarta-feira (7), um crucial debate acerca de uma interseção inovadora entre arquitetura e neurociência: a neuroarquitetura. O evento, que ocorrerá no plenário 9 às 14 horas, foi solicitado pela deputada Erika Kokay (PT-DF), uma defensora da ideia de que o design dos espaços pode influenciar profundamente a saúde mental e a qualidade de vida das pessoas.
Neuroarquitetura é um campo emergente de estudo que examina como os ambientes construídos impactam nossas sensações, comportamentos e bem-estar psicológico. De acordo com Kokay, elementos específicos de um ambiente – incluindo cores, iluminação, sonoridade e design espacial – têm efeitos significativos sobre a saúde mental. A deputada argumenta que tais insights podem ser utilizados para projetar espaços urbanos e interiores que não apenas promovam o bem-estar, mas também potencializem a criatividade e acelerem a recuperação de pacientes em ambientes hospitalares.
“Imagine a infinidade de possibilidades que se abrem quando projetamos ambientes especificamente para influenciar positivamente nosso estado mental e físico”, sugere Kokay. “Espaços que promovem a criatividade, proporcionam um ambiente acolhedor e facilitam a recuperação são possíveis quando aplicamos os princípios da neuroarquitetura.”
A deputada ressalta a necessidade de a Câmara dos Deputados estar na vanguarda de discussões como essa. “É imprescindível que exploremos o potencial dessa ciência para, através de políticas públicas e inovações legislativas, criar um ambiente urbano que verdadeiramente melhore a qualidade de vida de nossa população”, afirma. Ela acredita que o conhecimento trazido pela neuroarquitetura pode ser uma ferramenta poderosa na formulação de políticas que promovam espaços melhor planejados e mais saudáveis.
O debate é uma oportunidade única para arquitetos, neurocientistas, legisladores e outros profissionais interessados discutirem como transformar espaços urbanos e interiores em ambientes que promovam saúde e bem-estar. Além disso, abre o caminho para futuras legislações que incorporem esses princípios de design, permitindo que cidades e instituições sejam moldadas para melhor atender às necessidades psicológicas dos indivíduos.
Este evento simboliza um passo importante para o reconhecimento e aplicação da neuroarquitetura em políticas públicas no Brasil, trazendo à tona uma discussão que pode ter implicações duradouras na maneira como construímos e vivenciamos nossos ambientes. É uma demonstração de como ciência e inovação podem convergir para criar um futuro mais saudável e equilibrado para todos.
Com informações e fotos da Câmara dos Deputados












