Na manhã deste domingo (04), diante de uma arena lotada e sob o fervor da torcida local, Hugo Calderano encerrou sua participação na competição individual dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, conquistando a quarta colocação, a melhor da história do Brasil no tênis de mesa olímpico. O brasileiro foi derrotado pelo promissor francês Felix Lebrun, que venceu por 4 sets a 0, com parciais de 6/11, 10/12, 7/11 e 6/11.

A partida começou equilibrada, com ambos os atletas trocando pontos de forma acirrada. No entanto, Lebrun conseguiu se aproveitar de alguma instabilidade nos golpes de Calderano, abrindo uma vantagem inicial de 8 a 4 no primeiro set. Mesmo tentando reagir, o brasileiro não conseguiu manter a consistência e viu o francês fechar a parcial em 11 a 6.

No segundo set, a história parecia se repetir. Calderano cometeu erros não forçados e permitiu que Lebrun abrisse novamente uma vantagem de quatro pontos (6 a 2). Contudo, Hugo demonstrou sua resiliência ao empatar em 9 a 9 e até mesmo virar para 10 a 9. Mesmo assim, a frieza e a eficiência do francês prevaleceram, fechando o set em 12 a 10.

A terceira parcial foi marcada por um Calderano mais agressivo e variando seus golpes na tentativa de tirar Lebrun de sua zona de conforto. O equilíbrio permaneceu, com ambos os atletas alternando pontos até que, mais uma vez, o francês se aproveitou de momentos de instabilidade do brasileiro para fechar o set em 11 a 7.

No quarto e derradeiro set, Hugo tentou manter a competitividade e desferiu alguns de seus golpes característicos. No entanto, Felix Lebrun, embalado e confortável com a vantagem, conseguiu administrar o jogo e selou a vitória com um 11 a 6, assegurando assim a medalha de bronze com um placar final de 4 sets a 0.

Em entrevista após a partida, Calderano refletiu sobre as dificuldades enfrentadas, especialmente após ter sido derrotado na semifinal: “Foi bem difícil me recuperar da derrota na semifinal. Não tive muito tempo. Tentei o meu melhor, mas é claro que fiquei muito decepcionado de não ganhar aquela semifinal. Tentei pensar em como abordar essa disputa do bronze. Fiz todo o possível e tudo que eu pude, mas infelizmente não consegui propor o meu melhor nesta partida.”

Apesar do resultado, Hugo mantém uma visão positiva sobre o futuro: “Com certeza a minha carreira e vida não acabam aqui. Ainda tenho muito mais a dar para o esporte brasileiro. Vou precisar assimilar esse resultado, que foi positivo, mas decepcionante no final. Com certeza, com o tempo, vou voltar com calma a treinar e me dedicar. Sempre dou o meu 100%. Tenho certeza que não é aqui que vou parar de fazer isso.”

Agora, as atenções de Calderano se voltam para a competição por equipes, onde ele e seus companheiros ainda têm a oportunidade de lutar por mais uma medalha nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O desempenho individual de Hugo até aqui mostra o quanto o Brasil tem evoluído no cenário internacional do tênis de mesa, deixando os fãs do esporte esperançosos por mais conquistas.

Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
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