No último sábado, a seleção brasileira feminina de futebol entrou em campo com um objetivo claro: fazer história. A equipe enfrentou a poderosa França nas quartas de final dos Jogos Olímpicos, um desafio ainda maior sem a presença de sua estrela Marta, suspensa após ser expulsa na partida anterior contra a Espanha. O histórico não era particularmente favorável para as brasileiras, já que até então a França nunca havia perdido para o Brasil em 12 confrontos, acumulando cinco empates e sete vitórias.

O duelo já começou com um alto nível de intensidade, e logo aos 15 minutos de jogo, uma reviravolta: Tarciane derrubou Delphine Cascarino na área, resultando em um pênalti para a França. A decisão foi confirmada após a revisão do VAR. Mas foi então que Lorena, a goleira brasileira, mostrou sua habilidade e calma sob pressão, defendendo brilhantemente a cobrança, mantendo o placar zerado e acendendo a esperança do torcedor brasileiro.

O primeiro tempo foi marcado por uma disputa acirrada, mas nenhuma das equipes conseguiu balançar as redes. A segunda etapa continuou no mesmo ritmo, com ambos os times criando oportunidades, porém, sem efetividade. As interrupções aumentaram, aumentando a tensão em campo. Foi somente aos 36 minutos do segundo tempo que o impensável aconteceu: após uma falha da defesa francesa, Gabi Portilho aproveitou a chance, avançou livre na área adversária e marcou o primeiro gol da partida, colocando o Brasil na frente.

Os momentos finais do jogo foram de pura adrenalina. A juíza adicionou 16 minutos de acréscimos, o que deixou a partida ainda mais dramática. Quatro cartões amarelos foram distribuídos, dois para cada lado, num claro sinal da dura batalha em campo. A seleção brasileira lutava para segurar o resultado enquanto a França tentava desesperadamente empatar, mas sem sucesso. Marta, assistindo das arquibancadas, vivia cada segundo com intensidade, até que finalmente o apito soou: o Brasil estava nas semifinais.

Após o apito final, a euforia tomou conta. “Quem assistiu ao jogo viu que enfrentamos uma grande seleção, então a gente tem que comemorar bastante porque ganhamos do jeito brasileiro. Conseguimos colocar em campo tudo o que o Arthur (o técnico) nos orientou. Eu estou dando a vida em todos os jogos. Foi na raça, nos entregamos do início ao fim; estou muito feliz e o grupo está de parabéns”, declarou Lorena, a heroína do jogo. “O Brasil é isso, esse é o nosso jeito de jogar. Não vai faltar dedicação, trabalho e entrega para o nosso próximo adversário. Amanhã já vamos pensar na Espanha e eu tenho certeza que será um jogo diferente”, finalizou.

A seleção brasileira feminina segue agora em uma emocionante trajetória, enfrentando a Espanha na semifinal, marcada para a próxima terça-feira, às 16h (horário de Brasília). No mesmo dia, às 13h, Alemanha e Estados Unidos duelam na outra semifinal, prometendo mais um grande espetáculo de futebol.

Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
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