A Associação Alagoana de Magistrados (Almagis) promoveu, nesta quarta-feira (7), uma palestra para estudantes do curso de Direito sobre o tema “Cigarro eletrônico e drogas sintéticas: perigos para a saúde e suas implicações penais”. A ação aconteceu em parceria com o Fórum Permanente de Combate às Drogas.
O presidente da Almagis, juiz Hélio Pinheiro, e a magistrada Joyce Araújo, que atua na 15ª Vara Criminal da Capital – Entorpecentes, abordaram as questões penais, enquanto os médicos Alisson Palmeira, pneumologista, e Jimy Ramos, psiquiatra, alertaram sobre os danos causados à saúde de quem usa drogas.
De acordo com Hélio Pinheiro, é importante ter uma regulamentação e fiscalização em relação ao cigarro eletrônico. “Isso é uma questão de saúde pública, já que o consumo do cigarro eletrônico causa danos à saúde das pessoas. Por isso, é importante um posicionamento, seja regulamentando e fiscalizando, ou, se for o caso, proibindo”.
A juíza Joyce Araújo alertou para o perigo da propagação do cigarro eletrônico para a saúde das pessoas. “A comercialização de cigarro eletrônico é proibido no Brasil desde 2009. Mas são punições sanitárias ainda. Eu falo ainda porque há uma tendência realmente da criminalização dos cigarros eletrônicos. Há alguns anos, havia uma ideia de que o uso do cigarro eletrônico seria para minimizar o consumo do cigarro. Mas isso foi a falácia. Na verdade, o que nós estamos vendo é uma propagação muito maior do cigarro eletrônico, uma aceitação. Algo muito parecido com que houve a quando o cigarro era glamouroso. Os atores famosos fumavam. Hoje são os influencers, dessa geração jovem. Então, a gente precisa pensar, refletir sobre esses efeitos maléficos para a nossa saúde”.
Na plateia estava a estudante Milene Marques, de 18 anos e aluna do primeiro período de Direito do Cesmac. Ela escutou atenta tudo o que foi apresentado na palestra e aprovou ação. “Eu achei bastante interessante a proposta desse evento. Porque falou de uma coisa que está muito atual hoje em dia. Muita gente usa cigarro eletrônico e sabe que isso não é bom para saúde”, afirmou.
Fonte: TJAL
