A seleção brasileira feminina de vôlei desembarcou em Paris nesta sexta-feira para participar dos Jogos Olímpicos de 2024. Após a chegada, a equipe se dirigiu diretamente à Vila Olímpica para almoçar, pegar a mala e participar da Cerimônia de Boas-Vindas no Serre Wangari, uma das instalações da Base do Time Brasil em St. Ouen. A delegação está sob a orientação do experiente técnico Zé Roberto Guimarães, que marca sua décima participação em Olimpíadas, sendo oito como treinador – duas pela seleção masculina e seis com a feminina –, além de uma participação como comentarista e outra como jogador em 1976.

“Isso é um sonho de criança. Sonhar em representar o Brasil, vestir a camisa do meu país, competir contra os melhores do mundo. Estar em um ambiente com os melhores. Não tem nada igual aos Jogos Olímpicos. É algo surreal, uma coisa sublime e única, participar e, principalmente, representar nosso país. Exceto minha família, não tem nada mais importante para mim. Cumprir essa nova missão em busca de uma nova medalha”, afirmou Zé Roberto com entusiasmo.

A seleção feminina de vôlei do Brasil chega a Paris com grande confiança. Bicampeã Olímpica, a equipe recentemente conquistou a medalha de prata em Tóquio 2020 e ficou em quarto lugar na última edição da Liga das Nações. No entanto, as brasileiras estão preparadas para enfrentar novamente seus adversários em Paris 2024, com Polônia, Japão e Quênia compondo o Grupo B.

“Estamos muito motivadas”, disse a capitã Gabi Guimarães. “Dividimos o voo com a equipe do judô, encontramos a Rafaela Silva e já estamos vivendo um pouco dessa experiência Olímpica. A equipe cresceu muito desde a VNL. Foi um ciclo olímpico importante, passamos por muitas dificuldades e o time se fortaleceu. Não viemos aos Jogos Olímpicos apenas para participar; nosso objetivo é conquistar a medalha de ouro. Cerca de cinco ou seis equipes estão nessa briga direta, mas sabemos que precisamos evoluir constantemente. Temos certeza de que faremos uma Olimpíada muito boa se tomarmos cuidado com os pequenos desafios e nos adaptarmos rapidamente, especialmente ao fuso horário.”

Gabi também relembrou a dolorosa derrota para o Japão na semifinal e na disputa de bronze nas últimas competições: “Foi uma lição enorme para nós. O time chega agora com uma raiva, uma motivação muito grande de fazer diferente. Nosso objetivo sempre foi os Jogos Olímpicos, e estamos muito motivadas. Cada jogo será uma final, e a torcida vai sentir isso”.

Zé Roberto, mais uma vez, enfatizou a importância do foco. “O mais importante é o foco, dar prioridade e comprometimento ao que treinamos. Chegou a hora. As próximas duas semanas serão os dias mais importantes do nosso quadriênio e das nossas vidas”, declarou o treinador.

Nos últimos dias, a seleção treinou intensamente em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, e foi calorosamente despedida pelos torcedores antes da viagem. Em Paris, a expectativa pelo retorno do público aos estádios é alta.

“Estou muito ansiosa por ter a oportunidade de reviver os jogos com público. Tenho certeza de que a torcida vai comparecer em peso e será um diferencial para nós”, afirmou Gabi Guimarães.

Zé Roberto também destacou o equilíbrio competitivo no vôlei feminino mundial: “Estamos no bolo. Existem no feminino sete ou oito equipes que podem lutar por uma medalha. Existe um equilíbrio muito grande nas forças do mundo. O importante é que o Brasil é uma delas. Recentemente, tivemos vitórias e derrotas na Liga das Nações, mas hoje o Brasil é o segundo no ranking. Temos noção de onde estamos”, concluiu.

A primeira partida da seleção brasileira feminina de vôlei em Paris 2024 será contra o Quênia, no dia 29 de julho, às 8h (horário de Brasília). A equipe está determinada a iniciar sua caminhada olímpica com o pé direito e seguir forte na busca pelo ouro.

Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
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