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Presidenta da Fenaj critica estatização da Agência de Notícias Télam na Argentina

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Presidenta da FENAJ critica estatização de agência pública argentina

A transformação da agência de notícias argentina Télam em uma agência estatal de publicidade está causando indignação e críticas em diversos setores, tanto na Argentina quanto no Brasil. A mudança, que foi oficializada na segunda-feira (1), coincide com o aniversário de 50 anos da morte do ex-presidente Juan Domingo Perón, principal responsável pela criação da Télam em 1945.

Para a presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Samira de Castro, a medida do governo argentino é mais um ataque à comunicação pública e aos direitos da população. Ela argumenta que os instrumentos de comunicação pública são essenciais para a participação política dos cidadãos, oferecendo informações de interesse público que muitas vezes não são abordadas pela mídia privada.

A decisão de transformar a Télam em uma agência de publicidade estatal é vista como autoritária e questionável, pois desvirtua a finalidade original da agência. Além disso, a mudança foi feita por meio de decreto, sem o devido debate com a sociedade e o parlamento. Essa atitude lembra ações semelhantes ocorridas no Brasil em 2016, após o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, quando o governo de Michel Temer investiu contra a Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

A justificativa do governo argentino para a transformação da Télam é parte de um processo de reorganização das empresas públicas para obter maior eficiência no setor público. No entanto, críticos apontam que a extinção da produção de conteúdo jornalístico de qualidade pela Télam prejudica não apenas a Argentina, mas toda a América Latina. A medida também aumenta a dependência da imprensa regional em relação a agências de notícias estrangeiras.

Diante desse cenário, a FENAJ e outros setores ligados à comunicação pública na América Latina expressam preocupação e repúdio à transformação da Télam. A luta pela manutenção da liberdade de imprensa e pela valorização do jornalismo de qualidade continua sendo um desafio em meio a essas mudanças autoritárias nos meios de comunicação. A sociedade civil e os profissionais da área seguem mobilizados em defesa da democracia e da informação transparente e plural.

Com informações da EBC
Fotos: © Somos Télam / EBC

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