No dia 28 de junho de 2024, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) realizou uma audiência no Fórum da Barra Funda, na capital paulista, para analisar o caso do Massacre de Paraisópolis. Neste episódio, nove jovens foram mortos durante uma operação policial realizada em um baile funk da comunidade de Paraisópolis em dezembro de 2019. Os 12 policiais militares acusados de participar da ação estão sendo investigados para decidir se serão levados a júri popular.
Inicialmente, treze policiais seriam julgados, mas o processo de um deles foi suspenso pelo Tribunal de Justiça. Os demais acusados respondem por homicídio qualificado e lesão corporal, ambos por dolo eventual. Na audiência que ocorreu recentemente, as testemunhas de defesa dos policiais começaram a ser ouvidas. No total, 22 testemunhas foram arroladas, mas até o momento apenas cinco haviam prestado depoimento.
Entre os depoentes estavam coronéis e delegados que estiveram envolvidos na operação policial. Ainda há outras testemunhas a serem ouvidas em datas futuras, a serem agendadas pelo Tribunal de Justiça. Após essa fase de instrução, os réus serão interrogados para que o caso possa avançar.
Os nove jovens mortos no Massacre de Paraisópolis tinham idades entre 14 e 23 anos. A Polícia Militar afirmou, na época do ocorrido, que os agentes reagiram a um suposto ataque de criminosos que teriam disparado contra as viaturas e corrido em direção ao local do baile funk. No entanto, as famílias das vítimas contestam essa versão, alegando que as mortes ocorreram devido ao excesso de violência policial.
O caso segue em investigação e a Justiça busca esclarecer os acontecimentos para determinar as responsabilidades dos envolvidos. O Massacre de Paraisópolis gerou uma grande comoção na sociedade brasileira e trouxe à tona debates sobre a atuação policial em comunidades e favelas, bem como a necessidade de medidas para evitar tragédias como essa no futuro.
Com informações da EBC
Fotos: © Rovena Rosa/Agência Brasil / EBC