No último domingo, a China alcançou mais um marco em sua missão espacial ao pousar uma espaçonave não tripulada no lado oculto da lua. Esse feito histórico faz parte do objetivo chinês de recolher as primeiras amostras de solo e rochas do hemisfério lunar escuro. Com esse pouso bem-sucedido, a China enaltece sua posição como potência espacial em uma corrida global à lua.
A nave Chang’e 6, equipada com uma série de ferramentas e seu próprio lançador, conseguiu pousar na gigantesca cratera de impacto denominada South Pole-Aitken Basin, na parte da lua voltada ao espaço. A missão envolveu inovações de engenharia, altos riscos e grande dificuldade, de acordo com a Agência Espacial Nacional da China. As cargas transportadas pelo módulo de pouso Chang’e 6 cumprirão as missões de exploração científica conforme planejado.
O pouso no lado escuro da lua representa um desafio técnico significativo devido à falta de comunicação direta com a Terra. Neil Melville-Kenney, da Agência Europeia Espacial, descreveu esse desafio de automação e pouso em altas latitudes como extremamente difícil devido às sombras longas que podem interferir no processo.
A missão Chang’e 6, lançada em maio no foguete Long March 5, tem como objetivo coletar 2 kg de material lunar em dois dias. Essas amostras serão trazidas de volta à Terra por meio de um foguete de propulsão e têm previsão de pouso na região da Mongólia Interior, na China, em junho. Se bem-sucedida, essa missão fornecerá à China informações valiosas sobre a história da lua e a formação do sistema solar, além de possibilitar comparações inovadoras entre a região escura e inexplorada e o lado da lua voltado à Terra.滾
Com informações da EBC
Fotos: © Paulo Pinto/Agência Brasil / EBC