Universidades catarinenses criam rotas de ecoturismo para explorar a riqueza da fauna na baía da Babitonga, localizada no litoral norte de Santa Catarina. A região, conhecida por abrigar espécies ameaçadas de extinção, como o golfinho toninha e a ave miraguaia, tornou-se um refúgio para a vida selvagem.
Pesquisadores da Universidade da Região de Joinville (Univille) e do Instituto Federal Catarinense de São Francisco do Sul uniram esforços para desenvolver roteiros turísticos voltados para a observação dessas espécies. O projeto intitulado “Caminhos do Mar – Turismo de Natureza para a Conservação da Baía Babitonga” visa explorar de forma segura e sustentável o potencial ecoturístico da região.
Além da toninha e da miraguaia, os turistas têm a oportunidade de avistar outras espécies como o boto-cinza, as aves guará, maçarico-de-papo-vermelho e bicudinho-do-brejo. O objetivo é utilizar o turismo como uma ferramenta aliada na conservação da fauna e da flora local.
A bióloga Jana Bumbeer, da Fundação Boticário, destaca a importância de uma abordagem responsável por parte dos turistas, respeitando a vida selvagem e contribuindo para a valorização da biodiversidade. Ao envolver as comunidades locais, operadoras de turismo e visitantes, é possível transformar a conservação em uma fonte de renda para a região.
Ao transformar a natureza em um ativo financeiro, a conscientização sobre a importância da preservação ambiental se torna ainda mais evidente. A baía da Babitonga, situada próxima a Joinville, possui um aeroporto com conexões para importantes centros de aviação, o que facilita o acesso dos turistas interessados em explorar a região.
O estudo realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina revela que os manguezais da Babitonga sofreram uma redução de 37% em sua cobertura vegetal entre 1985 e 2019. Diante desse cenário, o ecoturismo surge como uma alternativa promissora para sensibilizar a população sobre a importância da preservação ambiental e valorizar as riquezas naturais do Estado.
Com informações da EBC
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